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    Israel diz que África do Sul apresentou “quadro profundamente distorcido”

    Acusação de genocídio em Gaza foi apresentada ao Tribunal Internacional de Justiça

    Christian Edwardsda CNN

    Israel disse que a África do Sul apresentou ao tribunal superior da ONU um “quadro factual e jurídico profundamente distorcido”, no início do segundo e último dia da audiência sobre o caso de genocídio de Israel.

    “Todo o seu caso depende de uma descrição deliberadamente selecionada, descontextualizada e manipuladora da realidade das hostilidades atuais”, disse Tal Becker, um dos advogados que representa Israel, no seu discurso de abertura no Tribunal Internacional de Justiça na sexta-feira (12).

    Becker disse que Israel estava “singularmente consciente” do motivo pelo qual a convenção do genocídio foi adotada.

    “Gravado na nossa memória colectiva está o assassinato sistemático de seis milhões de judeus, como parte de um programa premeditado e hediondo para a sua aniquilação total”, disse ele.

    Becker argumentou que a convenção não deveria ter sido invocada neste caso.

    “A convenção sobre o genocídio não foi concebida para abordar o impacto brutal das hostilidades intensas sobre a população civil”, argumentou. Em vez disso, foi concebido “para abordar um crime malévolo da mais excepcional gravidade”.

    Ele criticou a África do Sul por “transformar em arma” o termo “genocídio” contra Israel, acrescentando que “vivemos numa época em que as palavras são baratas”.

    “A tentativa de transformar o termo “genocídio” em arma contra Israel no contexto atual faz mais do que contar ao tribunal uma história grosseiramente distorcida, e faz mais do que esvaziar a palavra da sua força única e do seu significado especial. Subverte o objeto e a finalidade da própria convenção, com ramificações para todos os Estados que procuram defender-se contra aqueles que demonstram total desdém pela vida e pela lei”, disse Becker.

    Na quinta-feira (11), os advogados da África do Sul afirmaram que os líderes de Israel “tinham intenção de destruir os palestinos em Gaza” e apelaram ao tribunal para ordenar a suspensão da campanha militar no enclave.

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