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    Israel deve ocupar Gaza, mas não anexar território, avalia cientista político

    À CNN Rádio, Mauricio Santoro defendeu que anexação da Faixa de Gaza traria “mais problemas do que soluções”

    Amanda Garciada CNN

    As forças israelenses devem iniciar a incursão terrestre na Faixa de Gaza nos próximos dias, na tentativa de “destruir a capacidade militar” do grupo radical islâmico Hamas.

    Esta é a avaliação do cientista político Mauricio Santoro.

    À CNN Rádio, ele afirmou que, para atingir esse objetivo, “é necessário ocupar a região”, que é o bastião do Hamas desde os anos 2000.

    No entanto, “é difícil anexar Gaza, já que há a percepção de que isso traria mais problemas do que soluções.”

    Diante deste cenário, Santoro acredita que, se a ocupação ocorrer, Israel deve “tentar colocar outro grupo palestino no poder para fazer o trabalho complicado de administrar a região e conter ataques ao território israelense.”

    O cientista político traçou um paralelo com o que Israel fez com Autoridade Palestina na Cisjordânia, que “não eliminou conflitos violentos, mas nada nunca aconteceu na escala do que ocorre em Gaza.”

    Veja mais: Quais as consequências de possível operação de Israel em terra?

    Ao mesmo tempo, Mauricio Santoro lembrou que a ocupação da Faixa de Gaza envolverá inevitavelmente a morte de “muita gente inocente pega no fogo cruzado.”

    “O território é pequeno, do tamanho de Belo Horizonte, e tem grande concentração populacional, a guerra moderna, com bombas e foguetes, traz muitos mortos e feridos”, completou.

    *Com produção de Isabel Campos

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