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    Israel avisa Hezbollah para ficar fora da guerra ou pode causar a “destruição” do Líbano

    Grupo libanês tem realizado ataques contra postos israelenses próximos à fronteira com o Líbano nos últimos dias

    Bandeiras do Líbano e do Hezbollah, milícia xiita do Líbano apoiada pelo Irã, balançam ao vento no Museu Turístico de Baalbek
    Bandeiras do Líbano e do Hezbollah, milícia xiita do Líbano apoiada pelo Irã, balançam ao vento no Museu Turístico de Baalbek Bandeiras do Líbano e do Hezbollah, milícia xiita do Líbano apoiada pelo Irã, balançam ao vento no Museu Turístico de Baalbek

    Dan Williamsda Reuters

    O conselheiro de segurança nacional do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que os ataques do grupo libanês Hezbollah pareciam ter sido contidos e alertou o grupo para não tomar nenhuma medida que pudesse levar à “destruição” do Líbano.

    Israel está concentrado na guerra que acontece na Faixa de Gaza, que teve início após o ataque surpresa do grupo radical islâmico Hamas no sul do país no dia 7 de outubro.

    O país está “tentando não ser arrastado para uma guerra em duas frentes”, disse Tzachi Hanegbi, conselheiro de segurança nacional de Netanyahu, em um pronunciamento na televisão.

    Veja também: Governo brasileiro teme que entrada do Hezbollah agrave conflito em Israel

    Hanegbi disse que os confrontos pontuais envolvendo o Hezbollah na fronteira entre Israel e Líbano mostram que o grupo estava “abaixo do limiar de escalada”. O pronunciamento foi feito depois que Netanyahu visitou tropas israelenses na fronteira com Gaza.

    Há a expectativa de que o Exército de Israel inicie um ataque terrestre contra o território palestino. As tropas israelenses deram um prazo para que os civis desocupassem o norte da Faixa de Gaza antes de uma possível invasão. 

    “Esperamos que o Hezbollah não provoque, de fato, a destruição do Líbano. Porque se houver uma guerra lá, o resultado não será menor”, disse ele, se referindo às ameaças de longa data de Israel de lançar ataques pesados ​​contra o país, numa tentativa de conter os ataques de mísseis do Hezbollah.

    Poucos dias antes do ataque surpresa do Hamas, Hanegbi disse numa entrevista à imprensa que o grupo islâmico palestino havia sido dissuadido de atacar Israel.

    “Isso foi um erro”, disse ele, acrescentando que a avaliação errada foi partilhada por toda a comunidade de inteligência israelense. “Não há dúvida de que o Estado de Israel não cumpriu a sua missão.”

    Ele classificou como “notícias falsas” as reportagens que dizem que o Egito deu a Israel um aviso prévio de um possível desenvolvimento perigoso. Mas confirmou um relato de que, antes do ataque, o chefe da agência de inteligência de Israel havia recebido informações incomuns.

    Escalada de tensão com o Hezbollah

    O Hezbollah tem realizado ataques contra postos israelenses próximos à fronteira com o Líbano nos últimos dias.

    Neste sábado (14), o grupo disparou mísseis contra tropas israelenses nas Fazendas de Shebaa, faixa de terra sob controle de Israel, próxima da tríplice fronteira entre a Síria, Líbano e Israel. O Hezbollah já havia assumido a autoridade por outros quatro ataques contra Israel na sexta-feira (13).

    No início desta semana, os Estados Unidos e seus aliados alertaram o Hezbollah contra a escalada do conflito em Israel.

    Os EUA colocaram à disposição de Israel recursos militares para impedir um potencial alargamento da guerra, disseram à CNN funcionários do governo e pessoas envolvidas nas discussões.

    Há receios crescentes de que o grupo libanês entre no conflito, abrindo uma segunda frente na guerra.

    As FDI disseram na terça-feira (10) que adicionaram dezenas de milhares de soldados à fronteira com o Líbano, em antecipação a um ataque do grupo apoiado pelo Irã.