Israel alerta que tomará “medidas” contra veículos de resgate usados pelo Hezbollah
Exército israelense diz que matou cerca de 250 combatentes do Hezbollah desde o início da incursão
O Exército israelense alertou às equipes médicas no Líbano para que evitem cooperar com o Hezbollah, afirmando que tomará “medidas apropriadas” se os veículos de resgate forem utilizados pelo grupo.
As Forças de Defesa de Israel (FDI) acusaram o Hezbollah de “explorar” esses veículos de resgate para transportar o que descreveu como “terroristas e armas”.
“Qualquer veículo comprovadamente utilizado por um terrorista armado para fins terroristas, independentemente do seu tipo, estará sujeito a medidas apropriadas para impedir o seu uso militar”, declarou o porta-voz das FDI, Avichay Adraee.
O Exército israelense diz que matou “aproximadamente 250” combatentes do Hezbollah desde o começo da ofensiva terrestre no sul do Líbano, no início desta semana.
Cerca de 100 combatentes do grupo apoiado pelo Irã foram mortos nas últimas 24 horas, destacaram as Forças de Defesa de Israel (FDI) nesta sexta-feira (4).
Entenda a escalada nos conflitos do Oriente Médio
O ataque com mísseis do Irã a Israel no dia 1º marcou uma nova etapa do conflito regional no Oriente Médio. De um lado da guerra está Israel, com apoio dos Estados Unidos. Do outro, o Eixo da Resistência, que recebe apoio financeiro e militar do Irã e que conta com uma série de grupos paramilitares.
São sete frentes de conflito abertas atualmente: a República Islâmica do Irã; o Hamas, na Faixa de Gaza; o Hezbollah, no Líbano; o governo Sírio e as milícias que atuam no país; os Houthis, no Iêmen; grupos xiitas no Iraque; e diferentes organizações militantes na Cisjordânia.
Israel tem soldados em três dessas frentes: Líbano, Cisjordânia e Faixa de Gaza. Nas outras quatro, realiza bombardeios aéreos.
O Exército israelense iniciou uma “operação terrestre limitada” no Líbano no dia 30 de setembro, dias depois de Israel matar o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em um bombardeio ao quartel-general do grupo, no subúrbio de Beirute.
As Forças de Defesa de Israel afirmam que mataram praticamente toda a cadeia de comando do Hezbollah em bombardeios semelhantes realizados nas últimas semanas.
No dia 23 de setembro, o Líbano teve o dia mais mortal desde a guerra de 2006, com mais de 500 vítimas fatais.
Ao menos dois adolescentes brasileiros morreram nos ataques. O Itamaraty condenou a situação e pediu o fim das hostilidades.
Com o aumento das hostilidades, o governo brasileiro anunciou uma operação para repatriar brasileiros no Líbano.
Na Cisjordânia, os militares israelenses tentam desarticular grupos contrários à ocupação de Israel ao território palestino.
Já na Faixa de Gaza, Israel busca erradicar o Hamas, responsável pelo ataque de 7 de outubro que deixou mais de 1.200 mortos, segundo informações do governo israelense. A operação israelense matou mais de 40 mil palestinos, segundo o Ministério da Saúde do enclave, controlado pelo Hamas.
O líder do Hamas, Yahya Sinwar, segue escondido em túneis na Faixa de Gaza, onde também estariam em cativeiro dezenas de israelenses sequestrados pelo Hamas.
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