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    Isolada há 16 anos, crocodilo fêmea virgem tem filhote na Costa Rica

    Animal colocou 14 ovos em 2018; após três meses de incubação, um ovo continha um filho natimorto totalmente formado

    Cassandra Garrisonda Reuters

    Cientistas documentaram o primeiro caso conhecido de um “nascimento virginal” a partir de um crocodilo, que vivia isolada há 16 anos em um zoológico da Costa Rica, de acordo com um estudo publicado na quarta-feira (7).

    A fêmea de crocodilo americano colocou 14 ovos em 2018 dentro de seu recinto, um fenômeno comum entre os répteis em cativeiro. O fato mais intrigante, no entanto, ocorreu após três meses de incubação, quando um ovo continha um crocodilo bebê natimorto totalmente formado.

    De acordo com o estudo publicado na revista Biology Letters, os cientistas testaram a composição genética do feto de crocodilo. Eles encontraram sequências de DNA mostrando que era resultado de partenogênese facultativa (FP em inglês), ou reprodução sem a contribuição genética dos machos.

    O fenômeno da FP, que alguns cientistas chamam de “nascimento virgem”, também foi documentado em outras espécies de peixes, pássaros, lagartos e cobras. Os estudiosos disseram que este é o primeiro exemplo conhecido em um crocodilo.

    Neste fenômeno, o óvulo de uma fêmea pode se transformar em um bebê sem ser fertilizado pelo espermatozoide de um macho.

    Ao fazer um óvulo, uma célula precursora se divide em quatro células: uma se torna o óvulo e retém as principais estruturas celulares e o citoplasma semelhante a um gel, enquanto as outras contêm material genético extra.

    Então, uma dessas células atua essencialmente como um espermatozoide e se funde com o óvulo para se tornar “fertilizado”.

    O crocodilo americano é considerado vulnerável e em risco de extinção na natureza. De acordo com uma hipótese, o FP pode ser mais comum entre as espécies à beira da extinção, disse o estudo.

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