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    Irã tem urânio suficiente para uma bomba, mostra relatório da AIEA

    País levaria cerca de três a quatro semanas para produzir material suficiente para uma bomba

    François Murphyda Reuters

    O estoque de urânio do Irã enriquecido a até 60%, que é próximo ao grau de armas, cresceu o suficiente, caso enriquecido ainda mais, para uma bomba nuclear, mostrou um relatório do regulador nuclear da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta quarta-feira.

    Ultrapassar esse limite é um marco no desenrolar do acordo nuclear de 2015 entre o Irã e as potências mundiais, que limitou a pureza permitida ao Irã para enriquecer urânio em 3,67%, bem abaixo dos 20% alcançados antes do acordo e dos cerca de 90% que é o grau de armas.

    A saída de Washington do acordo sob o governo do então presidente Donald Trump e sua reimposição de sanções contra Teerã que haviam sido retiradas no tratado levaram Teerã a violar as restrições nucleares do acordo.

    “O Irã agora pode produzir 25 kg (de urânio) a 90% se quiser”, disse um diplomata sênior em resposta ao relatório desta quarta-feira da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) visto pela Reuters quando questionado se o Irã teria material enriquecido a 60% suficiente para uma bomba.

     

    O relatório disse que o estoque iraniano de urânio enriquecido a 60% e na forma de hexafluoreto de urânio, o gás que as centrífugas enriquecem, está estimado em 55,6 kg, um aumento de 12,5 kg em relação ao relatório trimestral anterior.

    Levaria cerca de três a quatro semanas para o Irã produzir material suficiente para uma bomba, se quisesse, disse o diplomata, acrescentando que a AIEA levaria de dois a três dias para detectar um movimento nessa direção. O Irã nega a intenção.

    As negociações indiretas entre o Irã e os Estados Unidos fizeram pouco progresso em direção à retomada do acordo, que levaria as muitas centrífugas avançadas que o Irã está usando agora a serem desligadas, já que o acordo só permite enriquecer urânio com centrífugas IR-1 de primeira geração.

    A reativação do acordo também reduziria seu estoque de urânio enriquecido em vários níveis, atualmente em cerca de quatro toneladas, de volta ao limite acordado de 202,8 kg.

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