Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Invasão russa terminará com “massacre sangrento”, diz ministro ucraniano

    Ministro da Defesa ucraniano, Oleksiy Reznikov, disse à CNN que, se a Rússia invadir a Ucrânia, "os russos também voltarão em caixões"

    Matthew ChanceKatharina Krebsda CNN

    O ministro da Defesa ucraniano, Oleksiy Reznikov, disse à CNN que haverá um “massacre realmente sangrento” se a Rússia decidir invadir a Ucrânia, e avisou que “os russos também voltarão em caixões”.

    A declaração foi ao ar nesta terça-feira (7), com a proximidade de um encontro entre Biden e Putin, que deve ter o movimento das tropas russas na fronteira da Ucrânia como o grande assunto.

    Reznikov pediu ao presidente dos EUA, Joe Biden, permanecer firme contra Moscou.

    “Se eu puder aconselhar o presidente Biden, gostaria que ele falasse a Putin que nenhuma linha do exército do Kremlin deveria estar aqui”, afirmou. “O mundo civilizado reagirá sem hesitação” disse ainda Reznikov à CNN em uma entrevista exclusiva na segunda-feira (6).

    “A ideia de não provocar a Rússia não vai funcionar”, acrescentou.

    Autoridades americanas e ocidentais expressaram preocupação com o aumento das forças russas na fronteira com a Ucrânia , com o secretário de Estado Antony Blinken dizendo na semana passada que os EUA “devem se preparar para todas as contingências”.

    A Rússia tem capacidade instalada ao longo da fronteira com a Ucrânia para realizar uma invasão rápida e imediata.

    O país dirigido por Vladimir Putin tem ainda a possibilidade de construir linhas de abastecimento e implementar unidades médicas que poderiam sustentar um conflito prolongado, caso Moscou decida invadir, disseram à CNN duas fontes familiarizadas com as avaliações da inteligência americana.

    Reznikov disse à CNN que a Ucrânia avalia que a Rússia tem atualmente 95 mil soldados a uma distância de ataque da Ucrânia.

    Ele também acrescentou que, devido à força das unidades ucranianas, as estimativas atuais dos EUA de que a Rússia poderia reunir 175.000 soldados para invadir a Ucrânia foram subestimadas.

    “Portanto, temos 250 mil oficiais… membros de nosso exército. Além disso, eu disse 400 mil veteranos e 200 mil reservistas”, afirmou o ministro da Defesa da Ucrânia, dizendo ainda que “175 mil não é o suficiente” para a Rússia arriscar uma invasão com êxito.

    Reznikov enfatizou que uma invasão russa – se acontecer – teria consequências “desastrosas” para todo o continente europeu, com cerca de 4 a 5 milhões de ucranianos possivelmente precisando buscar refúgio na Europa.

    Reznikov também sublinhou que a Ucrânia é um grande fornecedor de alimentos para a Europa e África, cujos fornecimentos, segundo ele, seriam interrompidos.

    O ministro disse que o Exército ucraniano enviou um pedido de ajuda por mais equipamentos militares a seus aliados, incluindo apoio material e treinamento para sua Força Aérea e Marinha.

    “Não precisamos de tropas porque não acho justo que soldados americanos morram na Ucrânia. Não, não precisamos disso”, acrescentou Reznikov.

    A Ucrânia alertou durante semanas que a Rússia está tentando desestabilizar o país antes de qualquer invasão militar planejada, com a Otan apontando que os movimentos russos perto da fronteira têm sido incomuns. As potências ocidentais têm repetidamente instado a Rússia contra novos movimentos agressivos contra a Ucrânia.

    O Kremlin nega que esteja planejando um ataque e argumenta que o apoio da Otan à Ucrânia – incluindo aumento no fornecimento de armas e treinamento militar – constitui uma ameaça crescente no flanco ocidental da Rússia.

    Sobre os motivos do Kremlin, Reznikov disse à CNN que acredita que a intenção principal da Rússia é espalhar o medo e a inquietação na Ucrânia, e evitar que país se aproxime de uma adesão à Otan e à União Europeia.

    O Kremlin está exigindo um compromisso legal de que a OTAN não será expandida para o leste para incluir a Ucrânia e que a infraestrutura militar da OTAN, como sistemas de mísseis, não será construída no país.

    “Se compartilharmos ou espalharmos o pânico em nosso país e dentro de nossa sociedade, será um presente para o Kremlin, porque eles estão tentando fazer isso, um processo de desestabilização dentro do nosso país para nos impedir de seguir nosso caminho”, disse.

    Reznikov ainda acrescentou “Vamos nos aliar à Otan, vamos à União Europeia”, concluiu.

    (Texto traduzido. Leia o original aqui.)

    Tópicos