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    Inundações no Afeganistão deixam quase 100 mortos

    O evento é parte de uma série de desastres que atingem o país e que já causaram mais de 1.000 vítimas fatais

    Tara SubramaniamMasoud Popalzaida CNN

    Inundações repentinas mataram pelo menos 95 pessoas, feriram centenas de outras e varreram milhares de casas no Afeganistão, disseram autoridades do país atingido pela crise na terça-feira (23).

    As mortes ocorreram em dez províncias nos últimos dez dias, enquanto o país se recupera de uma crise econômica e humanitária exacerbada pelas sanções ocidentais impostas depois que o Talibã voltou ao poder, no ano passado.

    O clima extremo também ocorre quando o vizinho Paquistão sofre inundações implacáveis. A Autoridade de Gestão de Desastres disse que as enchentes mataram 820 pessoas desde meados de junho, com quase 320 mil casas danificadas ou destruídas e 129 pontes afetadas.

    Afegãos deslocados após fortes inundações no distrito de Khushi de Logar, Afeganistão, em 21 de agosto de 2022 / Reuters

    No Afeganistão, o vice-ministro de Gestão de Desastres, Mawlawi Sharafuddin Muslim, disse à CNN que a assistência alimentar de emergência foi enviada para muitas áreas afetadas pelas enchentes e que as organizações de ajuda prometeram fornecer assistência emergencial, mas que isso pode não ser suficiente.

    “O inverno está chegando em breve e essas famílias afetadas, que incluem mulheres e crianças, não têm abrigo para morar. Todas as suas fazendas e pomares foram completamente destruídos ou suas colheitas foram danificadas”, disse Muslim.

    “Se essas pessoas não forem ajudadas a voltar à normalidade, sua situação definitivamente vai piorar nas próximas semanas e meses.”

    O Afeganistão foi recentemente atingido por uma série de desastres naturais e eventos climáticos extremos, incluindo um terremoto em junho que matou mais de 1.000 pessoas.

    Muslim pediu às organizações humanitárias, às Nações Unidas e à comunidade global que ajudem os afegãos afetados pelas enchentes não apenas com assistência emergencial como comida, abrigo e remédios, mas também a longo prazo, já que muitas pessoas perderam suas casas, meios de subsistência e fontes de água.

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