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    Integrante do Pussy Riot diz que fugiu da Rússia vestida de entregadora de comida

    Maria Alyokhina contou que estava em prisão domiciliar e decidiu fugir quando foi informada que cumpriria pena em uma colônia.

    Maria Alyokhina
    Maria Alyokhina Reprodução

    Scottie Andrewda CNN

    Maria Alyokhina, integrante do grupo punk Pussy Riot, que há muito tempo protesta contra o regime do presidente russo, Vladimir Putin, disse que escapou do país disfarçada de entregadora de comida.

    Alyokhina disse ao New York Times que, embora já tenha se recusado a deixar o país mesmo após ser detida várias vezes e passar períodos na prisão, ela finalmente decidiu sair depois que as autoridades russas disseram que ela cumpriria pena em uma colônia para presos.

    Ela estava sob “prisão domiciliar efetiva”, disse o Times, e criticou abertamente a guerra na Ucrânia.

    Para evitar que fosse identificada, ela disse que vestiu uma jaqueta verde bufante que normalmente são usadas por entregadores de comida. Nas fotos que ela compartilhou com o Times, sua namorada aparece vestindo a jaqueta com uma grande mochila de comida nas costas.

    Durante sua jornada de uma semana da Rússia a Belarus e depois à Lituânia, Alyokhina usou botas de plataforma sem cadarços. (Na prisão, lenços umedecidos eram usados no lugar de cadarços, que não eram permitidos). O Times informou que ela usará as mesmas botas quando as Pussy Riot começarem a turnê este mês.

    “Acho que a Rússia não tem mais o direito de existir”, disse ela ao Times. “Mesmo antes, havia dúvidas sobre como o país está unido, por quais valores está unido e para onde está indo. Mas agora eu acho que isso não é mais uma questão”.

    Alyokhina foi presa várias vezes na última década por suas performances com o grupo feminista Pussy Riot.

    O grupo ficou conhecido internacionalmente em 2012, quando executou um hino de protesto anti-Putin criticando o Kremlin e a Igreja Ortodoxa Russa dentro de uma catedral de Moscou. As mulheres, vestidas com máscaras balaclava que escondiam seus rostos, gritavam: “Mãe Maria, por favor, afaste Putin”.

    Alyokhina e duas outras mulheres membros do grupo foram consideradas culpadas de “hooliganismo” pela performance e sentenciadas a dois anos de prisão. Ela foi libertada dois meses antes do fim de sua sentença, mas foi detida e mandada para prisão seis vezes desde o verão passado por seu ativismo, informou o New York Times.

    Outra integrante do Pussy Riot, Nadezhda Tolokonnikova, que também foi presa por quase dois anos, foi adicionada no ano passado a uma lista de “agentes estrangeiros” russos, a qual exige que os listados sigam “requerimentos rigorosos de relatórios financeiros” e adicionem um aviso de isenção de responsabilidade a qualquer coisa eles publiquem que os identifique como agentes estrangeiros, informou a CNN na época.

    Alyokhina disse ao Times que espera retornar à Rússia, mas por enquanto está na Islândia, onde está organizando eventos pró-Ucrânia com a participação de artistas islandeses como Björk.

    Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

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