Instrutor de boliche morreu tentando proteger alunos em tiroteio nos EUA, dizem familiares
Ao menos 18 pessoas morreram em dois tiroteios na cidade de Lewiston, no Maine
Bob Violette, de 76 anos, estava ensinando crianças em uma liga de boliche na Just-In-Time Recreation em Lewiston, no Maine, nos Estados Unidos, quando começou um tiroteio na noite da quarta-feira (25).
Familiares acreditam que Violette morreu protegendo seus alunos dos disparos, segundo a WBZ, afiliada da CNN.
Pelo menos 18 pessoas morreram no episódio. O outro tiroteio aconteceu em um restaurante.
“Bob ajuda na liga juvenil há muito tempo, desde que me lembro”, disse seu amigo Brandon Dubuc à WBZ.
“Se ele estava lá com aquelas crianças, ele as estava protegendo. Não tenho dúvidas disso”, prosseguiu.
Testemunhas disseram que Violette ficou entre o atirador e seus alunos, para mantê-los seguros, de acordo com o “Portland Press Herald”.
“Me disseram que ele levou a pior. Ele estava tentando proteger outra pessoa”, disse sua nora Cassandra Violette ao jornal.
A família de Violette o descreveu ao Press Herald como uma pessoa que fazia com que todos se sentissem confortáveis e cuidados.
Ele morreu a poucos dias de comemorar seu aniversário de 77 anos, disseram parentes à WBZ.
O que sabe sobre o caso até agora
Autoridades estão pedindo aos habitantes que continuem se abrigando em locais seguros nesta sexta-feira (27), enquanto continuam uma intensa procura a um suspeito de autoria dos tiroteios que deixaram ao menos 18 mortos e 13 feridos.
Robert Card, de 40 anos, enfrenta um mandado de prisão por oito acusações de homicídio e deve ser considerado como um homem armado e perigoso, disse a polícia.
Ele é um instrutor certificado de armas de fogo e membro da Reserva do Exército dos EUA, de acordo com as autoridades.
Os investigadores recuperaram um telefone celular que pertence ao suspeito e um bilhete que deixado para trás. A polícia está investigando o motivo e concentrando recursos na busca em cursos de água perto de onde o carro de Card foi encontrado.
O caso é o tiroteio em massa mais mortífero nos EUA desde o massacre da escola de Uvalde, em maio do ano passado. Isso se soma a um histórico sombrio de 565 acidentes desse tipo, em que quatro ou mais pessoas foram baleadas, excluindo o atirador, em todo o país neste ano, de acordo com o Arquivo de Violência Armada.