Inspeção à usina nuclear ucraniana é medida cautelar, avalia especialista

Eugenio Diniz, professor da PUC Minas, explicou à CNN Rádio que para comprometer às instalações seria preciso disparos sistemáticos e recorrentes
por: Ramana Rech da CNN*, por: Produzido por Bel Campos da CNN

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Rússia e Ucrânia têm trocado acusações de bombardeios nas proximidades de Zaporizhzhia, aumentando a preocupação internacional quanto à integridade da usina nuclear.

À CNN Rádio, Eugenio Diniz, professor do Departamento de Relações Internacionais da PUC Minas, afirmou que a inspeção do órgão de vigilância nuclear das Nações Unidas à usina, representa uma proteção máxima e exigente para evitar danos à estrutura física e ao sistema de segurança da planta.

No entanto, isso não significa que haja um perigo iminente de vazamento de materiais radioativos, avalia o professor. De acordo com o Diniz, falhas em decorrência do conflito armado não são impossíveis.

Porém, seria preciso que uma série de disparos sistemáticos e recorrentes atingissem a usina para provocar danos.Um dos pontos que motivou a visita da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) foi uma desconexão entre a usina nuclear e a rede elétrica da região, conta Diniz.

O professor comenta que o episódio gerou apreensão pois o funcionamento de sistemas de segurança depende de energia elétrica.

A AIEA já manifestava preocupação com a segurança das instalações há mais tempo, essa inspeção já vinha sendo negociada”, explicou Diniz.

“A inspeção deve verificar os danos que a usina pode ter sofrido por conta do conflito, a condição de trabalho dos funcionários e se há ou não desvio de material atômico para outras funções que não correspondem à produção de energia”, explicou.

*Sob supervisão