Indonésia começa vacinação com Coronavac; presidente é 1º a receber dose
O presidente indonésio, Joko Widodo, se tornou a primeira pessoa no país a receber a vacina uma vacina contra a Covid-19 produzida pela Sinovac
Em testes realizados no país, a Indonésia informou, na segunda-feira, que a Coronavac apresentou índice de eficácia de 65,3% na fase 3 – maior do que a taxa registrada nos testes no Brasil (50,38%), divulgada nesta quarta-feira. Em dezembro, em resultados provisórios, o governo da Turquia relatou eficácia de 91,25% à vacina.
Os estudos são conduzidos separadamente.

A campanha de vacinação indonésia visa imunizar 181,5 milhões de pessoas, com os primeiros pacientes recebendo doses da Coronavac, aprovada para uso emergencial no país na segunda-feira.
Vestido com camisa branca e máscara facial, o presidente, conhecido como Jokowi, recebeu uma aplicação no braço esquerdo no palácio presidencial. O médico de Widodo, Abdul Muthalib, disse que o chefe de estado não sentiu nenhuma dor.
Budi Gunadi Sadikin, ministro da saúde da Indonésia que também deve ser vacinado na quarta-feira, disse que quase 1,5 milhão de profissionais da área médica seão vacinados até fevereiro, seguidos por funcionários públicos e a população em geral em 15 meses.
Representantes da Associação Médica da Indonésia e do maior grupo muçulmano do país, Nahdlatul Ulama, também receberão algumas das primeiras doses.
A Indonésia informou na terça-feira um recorde diário de 302 mortes pela Covid-19, levando o total de óbitos para 24.645. As infecções no país estão no auge, com média de mais de 9.000 por dia, com 846.765 casos no total.
Budi disse que dois terços dos 270 milhões de habitantes devem ser vacinados para obter imunidade coletiva.
Olivia Herlinda, pesquisadora do Centro de Iniciativas de Desenvolvimento Estratégico da Indonésia, disse que o governo não levou em consideração a eficácia da vacina e a taxa de reprodução do vírus para justificar seu foco na imunidade de rebanho.
A epidemiologista Masdalina Pane afirmou que as vacinas deveriam ser acompanhadas por mais testes e rastreamento.
“Não há uma única bala”, disse ela.
* Com informações da Reuters