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    Indicado de Trump para Saúde, RFK Jr. nega ser antivacina em audiência

    Ex-candidato presidencial afirmou que é "pró-segurança"; Robert F. Kennedy Jr. já deu entrevistas questionando eficácia das vacinas

    Victor Aguiarcolaboração para a CNN , São Paulo

    Robert F. Kennedy Jr., indicado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para assumir a Secretaria de Saúde e Serviços Humanos do país, foi questionado na audiência de confirmação do Senado para o cargo, nesta quarta-feira (29) a respeito de falas e histórico antivacina — algo que ele rejeitou.

    “Antes de concluir, eu quero assegurar que o comitê tenha certeza sobre algumas coisas. Alguns jornais afirmaram em reportagens que eu sou antivacina ou anti-indústria. Eu não sou nenhum dos dois”, declarou RFK Jr..

    Kennedy, que pode ser confirmado como a principal autoridade de saúde do país, chegou a ser interrompido por uma mulher presente na audiência: “Você é [antivacina]!”, contestou ela, que foi retirada por seguranças.

    RFK Jr. continuou: “Eu sou pró-segurança, trabalhei por anos para conscientizar as pessoas a respeito do mercúrio e outros componentes tóxicos em peixes, e ninguém me chamou de antipeixe.”

    “Eu acredito que as vacinas desempenham um papel médico essencial”, acrescentou. “Todos os meus filhos são vacinados, eu escrevi muitos livros sobre vacinas. O primeiro livro que publiquei em 2014, a primeira linha dele é ‘eu não sou antivacina’, assim como a última linha”, comentou.

    Histórico antivacina de Kennedy

    Com 71 anos, Robert F. Kennedy Jr. é filho do ex-senador de Nova York, procurador-geral dos EUA e candidato presidencial assassinado em 1968, Robert F. Kennedy, e sobrinho do falecido presidente americano John F. Kennedy.

    Ele também é um cético de vacinas de longa data – apesar de rejeitar o rótulo “antivacina”.

    O histórico antivacina dele é amplamente documentado. Há muito tempo, ele promove a alegação repetidamente desmentida de que há uma ligação entre vacinas infantis e autismo.

    Além disso, fez alegações falsas de que haveria evidências convincentes de que a gripe espanhola e o HIV se originaram da pesquisa de vacinas, e repetidamente divulgou informações erradas sobre as vacinas da Covid-19.

    Kennedy também fundou a organização antivacina Children’s Health Defense, que promove material antivacina, como o documentário “Vaxed III: Authorized to Kill”.

    Ele também já deu entrevistas em que questionou a eficácia de vacinas em podcasts e transmissões ao vivo.

    No dia 3 de setembro de 2021, em uma entrevista ao podcast Health Freedom for Humanity Podcast, RFK Jr. conta que encontrou uma pessoa durante uma trilha e pediu para que não vacinasse o bebê que carregava.

    “Melhor você não o vacinar. Talvez se escutar de mim e de mais 10 pessoas, talvez não irá vaciná-lo, talvez salve aquela criança”, afirmou RFK Jr. durante o programa.

    Em outra ocasião, durante uma entrevista ao podcast do apresentador Lex Fridman, no dia 5 de julho de 2022, ao ser questionado sobre ser antivacina, RFK Jr. afirmou que “não há nenhuma vacina que é segura e efetiva”.

    Durante uma entrevista à CNN, em 15 de dezembro de 2023, após anunciar a candidatura à Presidência, RFK Jr. negou mais uma vez ser antivacina.

    “O que eu quis dizer, e eu usei palavras ruins, é que nenhuma das vacinas que são obrigatórias atualmente para crianças foram testadas em um estudo de análise de segurança antes da licença. O que isso quer dizer é que não sabemos qual é o perfil de risco para esses produtos”, afirmou.

    Se confirmado pelo Senado americano como a principal autoridade de saúde pública do país, Kennedy supervisionará as operações dos programas de saúde Affordable Care Act (também conhecido como Obamacare), Medicare e Medicaid.

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