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    Incidentes contra civis serão cada vez mais frequentes na Ucrânia, diz professor

    À CNN Rádio, Manuel Nabais da Furriela afirmou que escalada do conflito é inevitável e há temor com uso de armamentos nucleares pelos russos

    Amanda Garciada CNN

    Incidentes como a morte de dois civis na Polônia, perto da fronteira com a Ucrânia, serão cada vez mais comuns.

    Esta é a avaliação do professor de Direito Internacional Manuel Nabais da Furriela.

    Em entrevista à CNN Rádio, ele explicou que, com a intensificação dos ataques, “incidentes vão se tornar frequentes, e dentro da Ucrânia cada vez mais civis serão alvejados.”

    O especialista explicou que ainda não está claro se o míssil que atingiu o território polonês partiu dos ucranianos, em contra-ataque, ou dos próprios russos.

    De acordo com ele, são dois cenários: não é impossível que tenha sido um ato ucraniano, já que eles usam equipamentos militares russos da época da União Soviética ou, se tiver sido um ataque da Rússia, haverá a necessidade de que eles admitam que foi um acidente.

    “Se for constatado que foi uma ação russa, há o risco de internacionalizar o conflito, o que tornaria o conflito ainda pior”, explicou, ao ressaltar que a Polônia integra a OTAN.

    De qualquer forma, Furriela acredita que “sem dúvida” o conflito vai se intensificar: “Há receio por parte dos analistas que a Rússia parta para a utilização de outros armamentos.”

    Entre eles, estão os chamados “armamentos táticos”, que são armas nucleares de menos destruição.

    O professor não vê resolução a curto prazo para a guerra neste momento.

    *Com produção de Isabel Campos

     

     

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