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    Incidente com Harry e Meghan guarda semelhanças com o que matou Diana

    Mãe do duque de Sussex morreu durante perseguição de paparazzi, em um túnel de Paris, em 1997; ação de fotógrafos em Nova York quase resultou em nova tragédia

    Os incidentes envolvendo Harry e Diana, com 25 anos de distância, guardam similaridades
    Os incidentes envolvendo Harry e Diana, com 25 anos de distância, guardam similaridades Getty Images

    Fábio Mendesda CNN

    A frenética e assustadora perseguição ao príncipe Harry e sua esposa Meghan Markle, promovida por paparazzi na noite de terça para quarta-feira (17), chocou o mundo. Não apenas devido à selvageria dos fotógrafos, mas também por causa das semelhanças com os fatos que culminaram com a morte da princesa Diana, em agosto de 1997. A exemplo do duque de Sussex, sua mãe também havia sido alvo de um assédio implacável que resultou em uma perseguição automotiva.

    No dia 31 de agosto de 1997, Diana estava em um carro acompanhada de seu então namorado, Dodi Al-Fayed, em Paris. Após perceber que estavam sendo seguidos por um carro com paparazzi, o motorista passou a dirigir em alta velocidade para escapar das lentes. Ao entrar em um túnel, perdeu o controle do carro, que se chocou violentamente, destruindo parcialmente o veículo e matando todos os ocupantes.

    A principal semelhança está na forma extremamente agressiva com que os paparazzi abordaram os seus alvos e na necessidade de estes apelarem a manobras arriscadas para fugir do assédio. Quando as primeiras notícias sobre a perseguição em Nova York chegaram, foi inevitável lembrar do que aconteceu com a mãe de Harry e pensar que, por pouco, não ocorreu com ele também.

    No incidente dos Estados Unidos, os paparazzi estavam a bordo de carros, motos e scooters, invadindo calçadas e bloqueando a passagem de vários veículos. A ação durou cerca de duas horas e, segundo um integrante da equipe de segurança que acompanha Harry e Meghan, muitas pessoas poderiam ter perdido a vida.

    Outra similaridade está no fato de tanto Diana quanto Harry estarem afastados da Família Real quando houve a perseguição contra eles. Em 1997, Diana havia se divorciado do então príncipe Charles, após a revelação de infidelidade por parte do hoje rei Charles III. Na ocasião do acidente, ela estava em um relacionamento com o milionário egípcio Emad El-Din Mohamed Abdel Moneim Fayed, mais conhecido como Dodi Al-Fayed.

    Megan e Harry deixam o Ziegfeld Ballroom pouco antes da perseguição dos paparazzi / MEGA/GC Images

    Já Harry rompeu os laços com os familiares após a tumultuada relação com o irmão William e sua esposa, a princesa Kate, ter degringolado para denúncias de racismo e negociações com os tabloides britânicos para a disseminação de notícias sobre a vida privada da Família Real.

    Desde que deixou a Família Real, Harry tem criticado a forma como a imprensa britânica faz a cobertura dos acontecimentos ligados à Coroa Britânica e seus integrantes, destacando a violência com que os paparazzi atuam em busca de uma foto ou informação privilegiada.

    Os assustadores fatos ocorridos em Nova York devem, a exemplo do que aconteceu em 1997, levantar novos debates a respeito do limite da cobertura da imprensa sobre a vida de celebridades, de uma forma geral e das pessoas ligadas à Família Real em particular.