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    Incêndios florestais atingem França e Espanha com ondas de calor pela Europa

    Mais de 12 mil pessoas já foram evacuadas na região francesa de Gironda, enquanto bombeiros tentam controlar as chamas

    Total de 39.550 hectares foi devastado por incêndios florestais desde o início do ano até meados de junho na Europa
    Total de 39.550 hectares foi devastado por incêndios florestais desde o início do ano até meados de junho na Europa NurPhoto/Getty Images

    Layli Foroudida Reuters

    Os incêndios florestais se espalharam ainda mais pelo sudoeste da França neste sábado (16), com quase 10.000 hectares em chamas na região de Gironda. Na sexta-feira (15), eram 7.300 hectares atingidos

    Mais de 12.200 pessoas foram evacuadas da área na manhã de sábado e mais de mil bombeiros estão tentando controlar os incêndios, disseram as autoridades regionais de Nouvelle-Aquitaine e Gironda em um comunicado.

    “Dadas as condições climáticas e os importantes riscos de incêndios, as autoridades bloquearam temporariamente o acesso à área florestal para atividades profissionais e de lazer”, disse o comunicado.

    Os incêndios florestais assolam a França nas últimas semanas, bem como em outros países europeus como Portugal e Espanha, à medida que as temperaturas aumentaram durante o verão no Hemisfério Norte.

    Os incêndios ao redor da cidade de Teste-de-Buch, em Gironda, se estabilizaram, atingindo mais de 3.000 hectares desde o início da crise.

    Na cidade vizinha de Landiras, onde 6.500 hectares foram queimados e 2.200 pessoas evacuadas, os incêndios continuaram a se espalhar durante a noite, empurrados para o sudoeste por ventos fortes.

    “Temos um incêndio que continuará a se espalhar enquanto não for estabilizado”, afirmou Vincent Ferrier, vice-prefeito de Langon em Gironde, durante uma entrevista coletiva no sábado.

    Na vizinha Espanha, os bombeiros também lutam contra uma série de incêndios no sábado, após dias de temperaturas excepcionalmente altas que chegaram a 45,7ºC.

    A onda de calor de quase uma semana causou 360 mortes relacionadas às altas temperaturas, segundo dados do Instituto de Saúde Carlos III.

    Mais de três mil pessoas foram evacuadas de suas casas devido a um grande incêndio perto de Mijas, uma cidade na província de Málaga que é popular entre os turistas do norte da Europa, segundo os serviços de emergência da região. Muitos foram levados para abrigos em um centro esportivo da província.

    “A polícia dirigiu para cima e para baixo na estrada com as sirenes ligadas e todos foram instruídos a sair. Apenas sair. Não havia instruções para onde ir”, disse o aposentado britânico John Pretty, de 83 anos.

    “É assustador… porque você não sabe o que está acontecendo”, afirmou o morador belga Jean-Marie Vandelanotte, de 68.

    Em outras partes da Espanha, os incêndios atingiram a região da Extremadura, perto da fronteira com Portugal, onde membros da Unidade Militar de Emergência da Espanha foram enviados para ajudar a combater as chamas, e na região central de Castela e Leão.

    Houve algum descanso para os bombeiros em Portugal, onde as temperaturas caíram na maior parte do país no sábado, depois de atingir cerca de 40ºC nos últimos dias.

    “Tivemos grandes incêndios e não queremos que sejam reativados novamente… Manteremos extrema vigilância neste fim de semana”, disse o comandante da Autoridade de Emergência e Proteção Civil, André Fernandes.

    Um total de 39.550 hectares foi devastado por incêndios florestais desde o início do ano até meados de junho, mais que o triplo da área devastada por incêndios no mesmo período do ano passado, dados do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas mostrou.

    Uma área equivalente a quase dois terços queimou durante os incêndios na última semana.

    O Ministério da Saúde de Portugal disse que 238 pessoas morreram como resultado da onda de calor entre 7 e 13 de julho, a maioria deles idosos com doenças subjacentes.

    No Reino Unido, o serviço de meteorologia nacional emitiu seu primeiro alerta vermelho de “calor extremo” para partes da Inglaterra na segunda e terça-feira.

    Com temperaturas possivelmente recordes esperadas, o comitê de resposta a emergências do governo deve se reunir ainda neste sábado. A temperatura mais alta registrada na Grã-Bretanha foi de 38,7ºC, registrada em Cambridge em 25 de julho de 2019.