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    Impasse financeiro dos países ricos dificulta acordos na COP29

    Nações europeias, como a França e Alemanha, tem travado as negociações; China pouco se expõe

    Renan Fiuzada CNN , De Baku, Azerbaijão

    Chegamos a um momento sensível para a COP29. É hora de definir um acordo financeiro climático e, principalmente, selar se esta edição terminará como um fracasso ou não. No Rio de Janeiro, as principais lideranças globais enviaram sinais fortes — como queria a presidência da cúpula do clima.

    Destacaram a necessidade de se realizar reformas nas instituições multilaterais de desenvolvimento e mais investimentos nas plataformas nacionais. A declaração final também mencionou ser preciso taxar os bilionários.

    A grande dificuldade das negociações da COP29, pode ser entendida da seguinte maneira: os países ricos, não querem falar sobre valores; não gostariam de incluir perdas e danos na soma de NCQG (nova meta quantificada coletiva), um mecanismo de financiamento climático internacional e condicionam qualquer acordo no Azerbaijão ao aumento da lista de países que deveriam pagar a conta.

    O foco seria a China e os países dos estados árabes, produtores de petróleo. No futuro, poderiam entrar até mesmo o Brasil e a Índia.

    Os trilhões para financiamento climático parecem estar distantes de ser um número factível nesta edição da cúpula do clima. Apesar do anseio de muita gente, o último número colocado sobre a mesa foi de US$ 200 bilhões.

    Um valor pouco acima da primeira meta criada em 2009, que era de US$ 100 bilhões.

    Qual é o objetivo da Conferência do Clima da ONU?

    Países que vêm travando as negociações

    Pelos corredores da COP29, não é difícil ouvir que os franceses têm feito jogo duro nas negociações e têm sido considerados, por muitos, um dos principais bloqueadores.

    Ao lado da França, está a Alemanha, a maior economia europeia. A alegação, segundo especialistas, é a de que vem enfrentando desafios domésticos demais, para contribuir com muito dinheiro.

    Por fim, ninguém conta com a ajuda dos Estados Unidos, principalmente depois da reeleição do ex-presidente Donald Trump — que sempre manteve uma postura contrária às discussões sobre mudanças climáticas.

    Para muitos, ninguém cobra os americanos, porque ninguém está esperando nada, por saberem que, dificilmente, virá.

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