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    Igrejas do Reino Unido celebram ‘grande vida’ de príncipe Philip

    Marcando o 3º dia de luto nacional, as pessoas se reuniram para deixar flores enquanto líderes religiosos e políticos expressaram apoio à rainha Elizabeth

    Kate Holton, da Reuters

    A vida do príncipe Philip foi celebrada em cultos religiosos em toda a Grã-Bretanha neste domingo (11), com o arcebispo de Canterbury orando por aqueles que descobriram que a morte do marido da rainha Elizabeth havia deixado uma “lacuna muito grande” em suas vidas.

    Marcando o terceiro de oito dias de luto nacional, as pessoas se reuniram em palácios reais para deixar flores, enquanto líderes religiosos e políticos expressaram seu apoio à rainha de 94 anos, a monarca mais velha e com o reinado mais longo do mundo.

    Na Catedral de Canterbury, o emocionante Nimrod de Edward Elgar foi tocado, a peça musical que acompanha muitos funerais britânicos e serviços memoriais e é tocada anualmente no Cenotaph em Londres para marcar o Serviço Nacional de Memória.

    “Podemos orar e oferecer amor por todos os que descobrem que uma grande vida deixa uma grande lacuna”, disse Justin Welby, o líder da Comunhão Anglicana global, à congregação na Catedral de Canterbury, enquanto comentava sobre a mente questionadora do príncipe.

    Philip, que era oficialmente conhecido como Duque de Edimburgo, morreu no Castelo de Windsor na sexta-feira. Ele tinha 99 anos.

    O Palácio de Buckingham disse no sábado que o funeral seria realizado no sábado, 17 de abril, com planos antigos redesenhados e reduzidos por causa das restrições da Covid-19.

    O príncipe receberá um funeral real cerimonial, em vez de um funeral de estado. Não haverá procissões públicas, e será realizado inteiramente dentro do recinto do Castelo de Windsor e limitado a 30 enlutados.

    Um “pequeno espaço” para a Rainha

    John Major, que foi primeiro-ministro britânico de 1990 a 1997, disse que espera que a rainha tenha o tempo de que precisa para lamentar depois de perder o marido e companheiro de 73 anos.

    “Espero que ela tenha dado um pouco de espaço, e um pouco de tempo e um pouco de liberdade para sofrer da maneira que qualquer outra pessoa gostaria de fazer depois de perder o cônjuge”, disse ele a Andrew Marr, da BBC.

    “Ele era a pessoa que estava lá”, disse ele sobre Philip. “Ele era a pessoa com quem ela poderia desabafar.”

    A família real mergulhou em sua maior crise em décadas no mês passado, quando o príncipe Harry, o duque de Sussex e neto do casal, deu uma entrevista explosiva a Oprah Winfrey ao lado de sua esposa Meghan nos Estados Unidos.

    Durante a entrevista, Meghan disse que seus pedidos de ajuda enquanto ela se sentia suicida foram ignorados e que um membro não identificado da família perguntou o quão escura a pele de seu filho ainda não nascido poderia ser.

    O Palácio de Buckingham disse que Harry retornará dos Estados Unidos, onde o casal agora vive para comparecer ao funeral, enquanto Meghan, que está grávida de seu segundo filho, não retornará, a conselho de seu médico.

    O líder da Igreja Católica na Inglaterra e no País de Gales, o cardeal Vincent Nichols, disse esperar que a natureza privada do funeral permita que a família se reúna e reconstrua os laços.

    “Muitas famílias se reúnem e superam a tensão e os relacionamentos rompidos na hora de um funeral”, disse ele à Times Radio. “Algo muito profundo os une novamente. E isso seria verdade para esta família, tenho certeza.”

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