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    Houthis do Iêmen atingem navio de carga dos Estados Unidos

    Ataque causou incêndio em porão, mas ninguém ficou ferido

    Apoiadores Houthis, do Iêmen; grupo tem intensificado ataques a embarcações no Mar Vermelho
    Apoiadores Houthis, do Iêmen; grupo tem intensificado ataques a embarcações no Mar Vermelho Getty Images

    Oren LiebermannHaley Britzkyda CNN

    Os rebeldes Houthi atingiram um navio de carga de propriedade e operado pelos Estados Unidos com um míssil balístico anti-navio nesta segunda-feira (15), disse o Comando Central dos EUA em um comunicado. Mais tarde, o grupo rebelde assumiu a autoria do ataque.

    Essa seria a primeira vez que os Houthis atingiram com sucesso um navio de propriedade ou operado pelos EUA, aumentando a tensão no Mar Vermelho depois de o governo norte-americano ter prometido que novas ofensivas Houthi teriam uma resposta.

    Isso acontece poucos dias depois de uma coalizão liderada pelos Estados Unidos ter realizado ataques contra o grupo rebelde apoiado pelo Irã no Iêmen e alertado que mais ações militares poderiam ocorrer se os ataques Houthi continuassem.

    O M/V Gibraltar Eagle, um navio de carga com bandeira das Ilhas Marshall, de propriedade e operado pela Eagle Bulk, com sede nos EUA, sofreu pequenos danos e não relatou nenhum ferimento a bordo, disse o Comando Central. O navio continua seu caminho.

    Um comunicado da Eagle Bulk Shipping confirmou que o Gibraltar Eagle, que transporta uma carga de produtos siderúrgicos, foi atingido “por um projétil não identificado” a cerca de 160 quilômetros da costa, no Golfo de Aden.

    “Como resultado do impacto, o navio sofreu danos limitados no porão de carga, mas está estável e está saindo da área. Todos os marinheiros a bordo do navio estão ilesos”, destacou o comunicado.

    A agência de segurança marítima do Reino Unido (UKMTO) informou ter recebido um relato sobre o incidente. A Eagle Bulk Shipping afirmou que está em “contato próximo com todas as autoridades relevantes”.

    “Os navios são aconselhados a transitar com cautela e reportar qualquer atividade suspeita à UKMTO”, disse a agência de segurança marítima.

    Após os ataques liderados pelos EUA na quinta-feira (11) contra quase 30 pontos no território controlado pelos Houthi no Iêmen com mais de 150 munições guiadas de precisão, a administração Biden disse que os Estados Unidos defenderão os seus bens e interesses na região.

    A ofensiva foi realizada em conjunto com o Reino Unido, tendo apoio de Canadá, Austrália, Bahrein e Holanda.

    Os EUA tentaram classificar os seus ataques como último recurso, após repetidos avisos aos Houthis, dizendo que tentavam evitar uma nova escalada.

    “Estaremos totalmente preparados para nos defender e defender o transporte marítimo, se for necessário”, advertiu John Kirby, coordenador de comunicações estratégicas do Conselho de Segurança Nacional, na sexta-feira (12).

    Os EUA realizaram mais ataques na noite de sexta, de alcance muito menor e tendo como alvo um radar usado pelos Houthis, disse uma autoridade norte-americana.

    Os Houthis prometeram retaliação, ressaltando que qualquer ponto de interesse dos EUA ou do Reino Unido seria um “alvo legítimo”.

    Também na sexta, Yahya Sare’e, porta-voz militar dos rebeldes Houthi, disse que continuariam a agressão contra navios comerciais no Mar Vermelho.

    Os rebeldes lançaram aproximadamente 30 ataques contra rotas marítimas internacionais desde meados de novembro do ano passado, forçando muitas das maiores companhias marítimas do mundo a evitar o Mar Vermelho, uma das vias navegáveis mais críticas do mundo.

    Na manhã de segunda-feira, os Houthis tentaram lançar um míssil balístico antinavio que falhou durante o vôo e caiu no Iêmen, disse o Comando Central.

    O grupo de segurança marítima Ambrey, com sede no Reino Unido, comentou que três mísseis foram lançados em direção ao Mar Vermelho na segunda-feira. O grupo pontuou ainda que dois dos três mísseis não alcançaram o mar e o terceiro atingiu um navio de propriedade e operado pelos EUA.

    O navio foi avaliado como não sendo afiliado a Israel, de acordo com a Ambrey, considerando que o ataque tinha como alvo os interesses dos EUA em resposta aos recentes ataques às posições militares Houthi.

    *com informações da Reuters

    Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

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