Houthis ameaçam novos ataques a navios dos EUA e Reino Unido
Em comunicado, o porta-voz militar do grupo disse que todos os navios de guerra americanos e britânicos que participaram na “agressão” contra o seu país são alvos
Os Houthis do Iêmen disseram, nesta quarta-feira (31), que vão continuar com os ataques a navios de guerra norte-americanos e britânicos no Mar Vermelho.
O grupo chamou os atos de “legítima defesa”, alimentando temores de perturbações de longo prazo no comércio mundial.
Em comunicado, o porta-voz militar do grupo disse que todos os navios de guerra americanos e britânicos que participaram na “agressão” contra o seu país são alvos.
Os EUA e o Reino Unido lançaram ataques contra alvos houthis no Iêmen e retornaram o grupo a uma lista de terroristas à medida que a turbulência da guerra Israel-Hamas se espalha pela região.
Os Houthis, que controlam as partes mais populosas do Iêmen, têm atacado navios dentro e ao redor do Mar Vermelho, dizendo que estão agindo em solidariedade com os palestinos na guerra em Gaza.
Esse conflito estendeu-se a outras partes do Oriente Médio. O Hezbollah do Líbano, também alinhado com o Irã, trocou tiros com as tropas de Israel ao longo da fronteira e grupos armados iraquianos atacaram as forças dos EUA no Iraque.
Os ataques dos Houthis no Mar Vermelho acrescentaram um elemento econômico à turbulência, ao visarem o transporte marítimo dentro e ao redor do Mar Vermelho.
Os Houthis dispararam mísseis contra o navio de guerra norte-americano USS Gravely, acrescentou o comunicado.
Na noite de terça-feira, o Comando Central Militar dos EUA disse ter abatido um míssil de cruzeiro disparado do Iêmen em direção ao Mar Vermelho, sem nenhum dano relatado.
Os ataques houthis visaram principalmente navios cargueiros. Muitos petroleiros continuaram usando a rota.
Algumas companhias marítimas suspenderam o trânsito através do Mar Vermelho, que é acessado a partir do Golfo de Aden, e fizeram viagens muito mais longas e mais caras ao redor da África para evitar serem atacadas.
Os Houthis dizem que continuarão com as suas operações militares até que seja acordado um cessar-fogo em Gaza e que alimentos e medicamentos sejam autorizados a entrar no território para aliviar uma grave crise humanitária.