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    Hospitais de Nova York têm baixa de pessoal por obrigatoriedade de vacinação

    Todos os profissionais de saúde precisam confirmar recebimento de pelo menos uma dose de vacina contra a Covid-19, requisito que tem gerado demissões

    Vacina da Pfizer é preparada para aplicação; mulher de 90 anos foi a primeira imunizada na Suíça
    Vacina da Pfizer é preparada para aplicação; mulher de 90 anos foi a primeira imunizada na Suíça Foto: Craig F. Walker - 16.dez.2020/Reuters

    Nathan Layneda Reuters

    Os hospitais de Nova York se preparam para demitir milhares de profissionais de saúde por não cumprirem uma ordem de vacinação contra Covid-19 que entrou em vigor nesta segunda-feira (27), com alguns na região norte do estado reduzindo os serviços para lidar com a falta de pessoal.

    O Erie County Medical Center (ECMC), em Buffalo, suspendeu cirurgias hospitalares eletivas e não aceitará pacientes de terapia intensiva de outros hospitais enquanto espera demitir centenas de funcionários não vacinados, disse um porta-voz.

    A Catholic Health, uma das maiores provedoras de saúde no oeste de Nova York, disse que adiaria algumas cirurgias eletivas na segunda-feira (27), pois trabalha para aumentar sua taxa de vacinação, que atingiu 90% dos trabalhadores na tarde de domingo.

    Peter Cutler, porta-voz da ECMC, disse que a decisão de cortar algumas operações prejudicaria o hospital financeiramente, com cirurgias hospitalares eletivas gerando cerca de US$ 1 milhão por semana, além de ser inconveniente para os pacientes.

    “Tivemos que tomar uma decisão sobre onde poderíamos fazer algumas mudanças temporariamente para que pudéssemos garantir que outras áreas de serviços sejam o menos afetadas possível”, disse Cutler. “Financeiramente, é um grande negócio.”

    O departamento de saúde do estado de Nova York emitiu uma ordem no mês passado exigindo que todos os profissionais de saúde recebessem pelo menos uma dose da vacina contra a Covid-19 até 27 de setembro, desencadeando uma corrida dos hospitais para vacinar o máximo possível de seus funcionários.

    A governadora de Nova York, Kathy Hochul, disse no sábado que estava considerando contratar a Guarda Nacional e trabalhadores médicos de fora do estado para suprir a provável falta de pessoal, com 16% dos 450.000 funcionários do hospital do estado não totalmente vacinados.

    O impulso da vacinação ocorre em meio a uma batalha mais ampla entre os líderes do governo estadual e federal, que buscam usar a vacinação mandatória para ajudar a combater a variante Delta entre trabalhadores que são contra tais requisitos, muitos alegando motivos religiosos para suas objeções.

    O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, disse em entrevista coletiva nesta segunda-feira que os hospitais da cidade não estavam vendo grandes impactos do mandato, mas que ele estava preocupado com outras áreas do estado onde as taxas de vacinação são mais baixas.

    Dos 43.000 funcionários dos 11 hospitais públicos da cidade, cerca de 5.000 não foram vacinados, disse o Dr. Mitchell Katz, chefe do NYC Health + Hospitals, em entrevista coletiva.

    Katz disse que 95% das enfermeiras foram vacinadas e todas as instalações do grupo estavam “abertas e totalmente funcionais”.

    Os profissionais de saúde que forem demitidos por se recusarem a ser vacinados não terão direito ao seguro-desemprego, a menos que sejam capazes de fornecer um pedido válido aprovado por um médico para acomodação médica, disse o escritório de Hochul.

    Não ficou imediatamente claro como os processos judiciais pendentes relativos a isenções religiosas se aplicariam aos planos do estado.

    Um juiz federal em Albany ordenou temporariamente que as autoridades do estado de Nova York permitissem isenções religiosas para o mandato de vacina imposto pelo estado aos profissionais de saúde.