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    Holanda impõe bloqueio e Reino Unido ensaia reação; como a Europa reage à Ômicron

    Nova variante leva Holanda a retomar lockdown e já responde por cerca de 60% dos casos de Covid-19 na Inglaterra

    Sheena McKenzieda CNN

    A Holanda entrou em um novo lockdown estrito neste domingo (19) devido a temores com a variante Ômicron do coronavírus; o ministro da saúde do Reino Unido não descarta mais restrições no país, já a Europa se prepara para um aumento nas infecções por Covid-19 durante o período festivo, normalmente mais movimentado.

    As reuniões internas na Holanda serão agora limitadas a um máximo de dois convidados por domicílio até pelo menos meados de janeiro, anunciou o primeiro-ministro Mark Rutte nesse sábado (18). Esse número é estendido um pouco durante o Natal e a véspera de Réveillon, para quatro convidados.

    Lojas não essenciais, locais de hospitalidade e instituições culturais também serão fechados, enquanto as escolas permanecerão fechadas até pelo menos 9 de janeiro.

    Em um discurso transmitido pela televisão, Rutte disse que o bloqueio era “inevitável por causa da quinta onda que está chegando com a variante Ômicron”, informou à Reuters.

    A omissão de ação agora provavelmente levaria a “uma situação incontrolável nos hospitais”, acrescentou Rutte.

    A Holanda já estava lutando contra uma nova onda de casos de Covid-19 antes que a cepa Ômicron chegasse no mês passado, e alguns especialistas estão prevendo que ela se tornará a variante dominante no país antes do final do ano.

    Em outros lugares da Europa, existe um sentimento de medo de que, apesar da vacinação, o Natal deste ano se parecerá muito com o de 2020, com a Ômicron se espalhando de forma fenomenal em grande parte do continente.

    Londres declara “grande incidente”

    O Reino Unido está sofrendo um surto de infecções pela Ômicron e, segundo o secretário de Saúde, Sajid Javid, ele não descarta impor restrições antes do Natal.

    A variante Ômicron agora responde por cerca de 60% dos casos de Covid-19 na Inglaterra.

    Ao jornal “Daily Telegraph”, Javid afirmou que, embora seja muita desconhecida a gravidade da variante, o Reino Unido sabe que enfrentará “um tsunami de infecções nos próximos dias e semanas”.

    “A Ômicron se espalha a um ritmo nunca visto antes, e vem dobrando a cada dois ou três dias. Ontem vi mais de 90.000 novos casos relatados em todo o Reino Unido. Estamos extremamente confiantes de que o número de infecções – pessoas com a doença, mas que não foram confirmados por um teste – é significativamente maior do que isso”, escreveu Javid no domingo.

    Seus comentários foram feitos depois que o prefeito de Londres, Sadiq Khan, declarou no sábado ser um “grande incidente” o rápido aumento do número de casos na capital e que é necessário acordos especiais entre os serviços de emergência e as autoridades locais.

    Já neste domingo, Khan afirmou à BBC que novas restrições ao Covid-19 eram “inevitáveis”.

    O Reino Unido reintroduziu nas últimas semanas algumas medidas – incluindo o uso de máscara na maioria dos locais públicos fechados e o trabalho em formato home office – em um esforço para conter infecções.

    Mas Khan instou o governo a ir mais longe. “Acho que se não trouxermos novas restrições, mais cedo ou mais tarde, você verá ainda mais casos e serviços potencialmente públicos como o NHS [o serviço de saúde do Reino Unido] à beira do colapso, se não já está em colapso,” afirmou.

    O Grupo Científico para Emergências (Sage) do governo também alertou que, se outras medidas contra o coronavírus não forem introduzidas muito em breve, as internações hospitalares da Covid-19 podem chegar a 3.000 por dia na Inglaterra.

    A Alemanha acrescentou que o Reino Unido está na sua lista de áreas com “variantes de preocupação” – o que significa que apenas cidadãos e residentes alemães poderão entrar no país vindos do Reino Unido.

    Em todo o continente, as cidades já estão cancelando as festividades de Réveillon em meio a preocupações com o aumento de casos.

    A França anunciou na sexta-feira que grandes eventos ao ar livre e encontros serão proibidos na véspera de Réveillon, já que o país enfrenta sua quinta onda de infecções, alertando que a Ômicron se tornará a variante dominante no início de 2022.

    A Dinamarca também propôs o fechamento de cinemas e teatros e a limitação do número de pessoas nas lojas na semana anterior ao Natal, na tentativa de controlar um aumento no número de casos.

    Roma está entre as várias cidades italianas que decidiram cancelar as festividades de Réveillon por causa de preocupações com o coronavírus, disseram as autoridades na quinta-feira (16).

    Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

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