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    Hezbollah se diz pronto e fala em contribuir no conflito contra Israel “quando a hora chegar”

    Comunidade internacional repreende grupo para que não interfira na guerra

    Apoiadores do grupo Hezbollah protestam na capital do Líbano em apoio aos palestinos
    Apoiadores do grupo Hezbollah protestam na capital do Líbano em apoio aos palestinos REUTERS/Zohra Bensemra

    Da CNN*

    O vice-chefe do Hezbollah, o Xeque Naim Qassem, disse nesta sexta-feira (12) que o grupo financiado pelo Irã está “pronto” e “contribuirá” para os confrontos contra Israel de acordo com seu próprio plano.

    Potências estrangeiras já advertiram o grupo e pediram que se mantenha fora do conflito.

    Qassem afirmou que grande parte da comunidade internacional – incluindo países árabes e a Organização das Nações Unidas (ONU) – disseram “direta e indiretamente” ao Hezbollah “para não interferir” na guerra entre Israel e o Hamas.

    “O Hezbollah conhece perfeitamente os seus deveres. Estamos preparados e prontos, totalmente prontos, e acompanhamos os desenvolvimentos momento a momento”, disse o Xeque.

    O grupo já entrou em confronto com Israel na fronteira libanesa ao longo da semana, após o ataque do grupo radical islâmico Hamas contra cidades israelenses e o bombardeamento retaliatório de Israel na Faixa de Gaza.

    Fontes dizem que o Hezbollah definiu suas ações para terem de âmbito limitado; afim de evitar uma repercussão maior no Líbano, mas mantendo as forças israelenses ocupadas.

    Qassem é o oficial mais graduado do Hezbollah que se pronunciou publicamente sobre a guerraa. O chefe do grupo, Sayyed Hassan Nasrallah, ainda não comentou os acontecimentos.

    “A pergunta que todos esperam é: o que o Hezbollah fará e qual será a sua contribuição?”, disse Qassem. “Contribuiremos para o confronto dentro do nosso plano. Quando chegar a hora de qualquer ação, nós vamos agir.”

    Alertas internacionais

    Os Estados Unidos e os seus aliados estão alertando o Hezbollah contra a escalada do conflito em Israel.

    Enquanto isso, os EUA colocam à disposição de Israel recursos militares para impedir um potencial alargamento da guerra, disseram à CNN funcionários do governo e pessoas envolvidas nas discussões.

    Altos funcionários da administração não acreditam que o Hezbollah vá se juntar ao Hamas contra Israel neste momento. As autoridades acreditam que os avisos ao grupo estão tendo um certo impacto, apesar de ter havido alguma escalada na fronteira entre o Líbano e Israel.

    Os avisos dos EUA estão sendo enviados por meio de canais oficiais, como o governo libanês e o Presidente do Parlamento do Líbano, aliado do Hezbollah, Nabih Berri. Os Estados Unidos buscam não se envolver oficialmente com o grupo, que foi designado como terrorista.

    A França também comunicou o Hezbollah, a pedido de Israel, que deve permanecer fora da guerra e não agravar ainda mais o conflito. Caso contrário, Israel responderá de forma significativa, disse uma fonte informada sobre as negociações. Essas discussões também foram coordenadas com os EUA, disse a fonte.

    Um alto funcionário da defesa disse na segunda-feira (9) que os EUA estão “profundamente preocupados com o fato de o Hezbollah tomar a decisão errada e optar por abrir uma segunda frente para este conflito”, acrescentando que o governo trabalha “com Israel e com nossos parceiros em toda a região para conter isso em Gaza”.

    *Com informações de Reuters e da CNN Internacional

    Veja também: Cruz Vermelha alerta para catástrofe na Faixa de Gaza