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    Hezbollah relata confronto terrestre com tropas de Israel no Líbano

    Comandante de equipe israelense morreu durante conflito na fronteira, segundo as FDI

    Da CNN

    O Hezbollah disse nesta quarta-feira (2) que estava em confronto com tropas israelenses na cidade fronteiriça de Maroun el-Ras depois de ter repelido forças perto de outra cidade fronteiriça. O grupo disse que também havia disparado foguetes contra postos militares dentro de Israel.

    O chefe de mídia do grupo, Mohammad Afif, disse que essas batalhas foram apenas “o primeiro round” e que o grupo tinha combatentes, armas e munição suficientes para repelir Israel.

    Segundo comunicado das Forças de Defesa de Israel, um comandante de equipe morreu no episódio.

    Israel renovou seu bombardeio na quarta-feira cedo nos subúrbios ao sul de Beirute, um reduto do grupo apoiado pelo Irã, com mais de uma dúzia de ataques aéreos contra o que disse serem alvos pertencentes ao Hezbollah.

    O ministro das telecomunicações do Líbano, Johnny Corm, disse no X que uma torre de transmissão de celular foi destruída.

    Quase 1.900 pessoas foram mortas e mais de 9.000 ficaram feridas no Líbano em quase um ano de combates transfronteiriços, com o maior número nas últimas duas semanas, de acordo com estatísticas do governo libanês. Mais de um milhão de pessoas foram forçadas a fugir de suas casas.

    Também nesta quarta-feira, o exército israelense informou que a infantaria regular e unidades blindadas estavam se juntando às suas operações terrestres no Líbano, aumentando a pressão sobre o Hezbollah, enquanto se preparava para retaliar contra ataques de mísseis iranianos.

    Os militares disseram que sua incursão tem como objetivo principal destruir túneis e outras infraestruturas na fronteira e não havia planos para uma operação mais ampla visando Beirute ou grandes cidades no sul do Líbano.

    Eles emitiram novas ordens de retirada para cerca de duas dúzias de cidades ao longo da fronteira sul.

    Entenda a escala nos conflitos do Oriente Médio

    O envio dos mísseis iranianos a Tel Aviv marcou a consolidação do conflito regional no Oriente Médio. De um lado dessa guerra está Israel, com apoio dos Estados Unidos. Do outro, o Eixo da Resistência, liderado pelo Irã e que conta com uma série de grupos paramilitares.

    São sete frentes de conflito abertas atualmente: a República Islâmica do Irã; o Hamas, na Faixa de Gaza; o Hezbollah, no Líbano; o governo Sírio e as milícias que atuam no país; os Houthis, no Iêmen; grupos xiitas no Iraque; e diferentes organizações na militantes na Cisjordânia.

    Israel tem soldados em três dessas frentes: Líbano, Cisjordânia e Faixa de Gaza. Nas outras quatro, realiza bombardeios aéreos.

    A operação no Líbano começou na segunda-feira (30), dias depois de Israel matar o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em um bombardeio ao quartel-general do grupo, no subúrbio de Beirute. As Forças de Defesa de Israel afirmam já ter matado praticamente toda a cadeia de comando do Hezbollah em ataques semelhantes realizados nas últimas semanas.

    Na Cisjordânia, os militares israelenses tentam desarticular grupos contrários à ocupação de Israel ao território palestino.

    na Faixa de Gaza, Israel busca erradicar o Hamas, responsável pelo ataque de 7 de outubro que deixou mais de 1.200 mortos, segundo informações do governo israelense. A operação já matou mais de 40 mil palestinos, segundo o Ministério da Saúde do enclave. O líder do Hamas, Yahya Sinwar, está escondido em túneis na Faixa de Gaza, onde também estariam em cativeiro dezenas de israelenses sequestrados pelo Hamas.

    (Com informações da Reuters)

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