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    Hezbollah prepara funeral de Nasrallah, líder morto em setembro em ataque de Israel

    Nasrallah foi morto em um ataque aéreo israelense em uma área dos subúrbios ao sul de Beirute, conhecida como Dahiyeh, no dia 27 de setembro

    Tamara QiblawiEyad Kourdida CNN

    De acordo com uma autoridade do Hezbollah, os preparativos para o funeral do ex-líder do grupo, Hassan Nasrallah, que foi morto por Israel no sul de Beirute, capital do Líbano, estão em andamento.

    “Os preparativos estão sendo feitos. A data e a hora apropriadas para este evento serão escolhidas”, declarou Ibrahim Moussawi à TV libanesa Al-Mayadeen.

    “Vocês testemunharão uma caminhada majestosa e grandiosa das massas desta nação, homenageando o mártir da nação e o líder Hassan Nasrallah”, acrescentou.

    Mahmoud Qamati, vice-chefe do conselho político do Hezbollah, também disse em entrevista coletiva que está acontecendo uma “discussão séria” sobre o funeral.

    “Fui o primeiro a dizer que adiamos o funeral para garantir que fosse conduzido de uma maneira condizente com o espírito (de Nasrallah)”, declarou nesta quarta-feira (27).

    “Hoje nos preparamos para um funeral que servirá como um claro referendo popular e oficial sobre o apoio à resistência e ao caminho do mártir Sayyed Hassan Nasrallah”, acrescentou.

    Nasrallah foi morto em um ataque aéreo israelense em uma área dos subúrbios ao sul de Beirute, conhecida como Dahiyeh, no dia 27 de setembro. Isso marcou uma escalada significativa no conflito entre Israel e o Hezbollah.

    Entenda os conflitos no Oriente Médio

    No final de novembro, foi aprovado um cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah. Isso acontece após meses de bombardeios do Exército israelense no Líbano.

    A ofensiva causou destruição e obrigou mais de um milhão de pessoas a saírem de casa para fugir da guerra. Além disso, deixou dezenas de mortos no território libanês.

    Assim como o Hamas, o Hezbollah e a Jihad Islâmica são grupos radicais financiados pelo Irã, e, portanto, inimigos de Israel.

    A expectativa é que o acordo sirva de base para uma cessação das hostilidades mais duradoura.

    Ao mesmo tempo, a guerra continua na Faixa de Gaza, onde militares israelenses combatem o Hamas e procuram por reféns que foram sequestrados há mais de um ano durante o ataque do grupo radical no território israelense no dia 7 de outubro de 2023. Na ocasião, mais de 1.200 pessoas foram mortas e 250 sequestradas.

    Desde então, mais de 43 mil palestinos morreram em Gaza durante a ofensiva de Israel, que também destruiu praticamente todos os prédios no território palestino.

    Em uma terceira frente de conflito, Israel e Irã trocaram ataques, que apesar de terem elevado a tensão, não evoluíram para uma guerra total.

    Além disso, o Exército de Israel tem feito bombardeios em alvos de milícias aliadas ao Irã na Síria, no Iêmen e no Iraque.

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