Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Harvey Weinstein é acusado formalmente por outros crimes sexuais

    Três mulheres alegam que foram abusadas sexualmente do magnata do cinema

    Lauren del ValleJean Casarezda CNN

    Um grande júri de Manhattan acusou formalmente Harvey Weinstein por outros crimes sexuais, de acordo com Arthur Aidala, advogado do magnata do cinema, e a promotora Nicole Blumberg.

    O processo detalhando as acusações, no entanto, não será revelado até que Weinstein seja indiciado. Isso pode incluir alegações de agressão sexual de três mulheres, disseram os promotores em uma audiência na semana passada.

    Weinstein não estava presente na audiência desta quinta-feira (12) porque não tinha autorização médica. Ele se recupera após um procedimento de emergência no coração e nos pulmões no início desta semana.

    O acusado estava sendo tratado na unidade de terapia intensiva do Hospital Bellevue até quarta-feira (11), disse Aidala.

    Entenda o caso e as acusações

    Os promotores começaram a apresentar o caso ao grande júri em meados de agosto. Eles não identificaram as três acusadoras pelo nome, mas descreveram suas alegações na audiência da semana passada.

    Uma suposta agressão ocorreu em um prédio residencial em Manhattan nos meses de inverno entre 2005 e 2006, destacaram promotores. Outra vítima teria sido abusada sexualmente em um hotel em Tribeca em maio de 2016.

    Uma terceira mulher alegou que Weinstein a agrediu sexualmente no Tribeca Grand Hotel, de acordo com a transcrição da audiência. Uma fonte com conhecimento do assunto afirmou à CNN que a suposta agressão teria ocorrido em 2006.

    Os promotores ressaltaram que a nova acusação não está vinculada a Jessica Mann e Mimi Haley, cujos casos estão vinculados às acusações que Weinstein deve ser julgado novamente em 12 de novembro.

    Gabinete do promotor quer combinar casos

    Os promotores podem estar prontos para julgar Weinstein na nova acusação em novembro “com todas as nossas sobreviventes”, pontuou Blumberg no tribunal.

    O advogado Aidala se opôs veementemente à ideia, dizendo que é ridículo sugerir que é ético que os representantes de Weinstein o defendam na nova acusação daqui a dois meses.

    “Estamos prontos para defender o que quer que venha em nosso caminho. É um pouco estranho para nós estarmos tão no escuro neste momento que realmente não sabemos o que está vindo em nosso caminho com qualquer grau de especificidade”, comentou Aidala aos repórteres após a audiência.

    O juiz Curtis Farber terá que decidir se vai combinar os casos em um julgamento e observou na audiência que é muito cedo para dizer se a data de 12 de novembro será mantida.

    Uma audiência está marcada para a próxima quarta-feira para discutir a situação da saúde de Weinstein.

    Os promotores rejeitaram o pedido do acusado para permanecer em um hospital fora de Rikers Island. O juiz Farber anulou a objeção, determinando que ele pode ficar em uma ala prisional no hospital ou em uma ala não prisional se for considerado clinicamente necessário.

    Se ele for liberado para comparecer à audiência na próxima semana, espera-se que Weinstein seja indiciado pela nova acusação no processo.

    Condenação anulada

    Weinstein, de 72 anos, foi condenado em 2020 por ato sexual criminoso de primeiro grau e estupro de terceiro grau.

    Ele foi sentenciado a 23 anos de prisão, mas sua condenação foi anulada em apelação em abril.

    Weinstein permanece na prisão enquanto apela de uma condenação de 2022 em Los Angeles, quando foi considerado culpado de três acusações de agressão sexual e sentenciado a 16 anos de prisão.

    Tópicos