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    “Hamas decapitou soldados de Israel”, diz secretário de Estado dos EUA

    Antony Blinken detalhou o que viu nas imagens e vídeos mostrados pelo governo de Israel do ataque do Hamas

    Marina Toledoda CNN , em São Paulo

    O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, falou à imprensa nesta quinta-feira (12) e afirmou que viu imagens e vídeos das atrocidades feitas pelo Hamas e que o grupo extremista islâmico decapitou soldados israelenses. Ele se reuniu com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, em Tel Aviv mais cedo.

    “São coisas que vão além do que qualquer pessoa imaginaria que pudesse ser feito, são coisas que ninguém gostaria de ver e muito menos vivenciar. Bebês, crianças perfuradas por balas, soldados sem cabeça, jovens queimados vivos dento de seus carros ou quartos”, disse.

    “Estamos falando de atrocidades inimagináveis. As imagens e vídeos foram enviados a mim e o que me vem em mente é o Estado Islâmico, que ainda bem, foram ações que foram interrompidas”, acrescentou.

    Blinken ainda destacou que “imagens valem mais que mil palavras” mas que “essas imagens talvez valham mais que um milhão”.

    O Hamas realizou um ataque surpresa a Israel no sábado (7) e matou mais 1.200 pessoas.

    Veja também: Tropas israelenses esperam aval para entrar na Faixa de Gaza

    Estado Islâmico

    O grupo Estado Islâmico no Iraque e no Levante surgiu em 2013 e ganhou notoriedade ao tomar controle de áreas no Iraque e Síria, como a represa de Mossul e cidade de Raqqa, e criar um “califado” entre os dois países.

    Dissidente da Al Qaeda, o grupo governava a partir de um código moral extremista e ultraconservador, realizando assassinatos brutais de reféns e civis e divulgando imagens dos atos em redes sociais. O grupo também organizou ataques terroristas em outros países, como os atos que mataram 130 pessoas em Paris em novembro de 2015.

    Ao longo dos anos, sob ataques de países ocidentais e principalmente da Rússia, o grupo jihadista perdeu controle territorial de várias áreas. Em 2017, a cidade síria de Raqqa, considerada a capital do Estado Islâmico, foi tomada pela Forças Democráticas Sírias (SDF), simbolizando o fim do controle do grupo sobre grandes territórios no Oriente Médio.

    Hamas

    O Hamas é uma organização islâmica com ala militar que surgiu em 1987 como um desdobramento da Irmandade Muçulmana, um grupo islâmico sunita fundado no final da década de 1920 no Egito.

    A própria palavra “Hamas” é um acrônimo para “Harakat Al-Muqawama Al-Islamiyya” – que em tradução livre significa “Movimento de Resistência Islâmica”. O grupo, tal como a maioria das facções e partidos políticos palestinos, insiste que Israel é uma potência colonizadora e que seu objetivo é libertar os territórios palestinos de Israel.

    Ao contrário de algumas outras facções palestinas, o Hamas recusa-se a dialogar com Israel. Em 1993, opôs-se aos Acordos de Oslo, um pacto de paz entre Israel e a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) que desistiu da resistência armada contra Israel em troca de promessas de um Estado palestino independente ao lado de Israel. Os Acordos também estabeleceram a Autoridade Palestina (AP) na Cisjordânia ocupada por Israel.

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