Há “risco real de escalada” entre Israel e Hezbollah, diz autoridade dos EUA
Conselheiro de segurança nacional dos EUA, Jake Sullivan, disse que "ainda precisamos de mais algum tempo de avaliação" após ataques registrados no Líbano
O “risco de escalada é real” entre Israel e o Hezbollah, neste momento em que a ameaça é “mais aguda”, disse o conselheiro de segurança nacional dos EUA, Jake Sullivan, a repórteres neste sábado (21).
“É lógico que as capacidades do Hezbollah foram atingidas. Quão significativo foi o golpe, e como isso se traduz em sua capacidade de representar uma ameaça a Israel, acho que ainda precisamos de mais algum tempo de avaliação para atingir mais engajamentos”, disse Sullivan em Wilmington, Delaware.
“O risco de escalada é real. Tem sido desde 7 de outubro. Há momentos em que é mais agudo do que outros. Acho que estamos em um desses momentos em que é mais agudo”, acrescentou.
Questionado se o ataque israelense no sul de Beirute, que matou pelo menos 37 pessoas, incluindo comandantes de alto escalão do grupo militante libanês Hezbollah, foi uma escalada em sua opinião, Sullivan reagiu.
“Quando falo sobre escalada, quero dizer onde, onde isso nos leva? Do ponto de vista de, vamos acabar em uma guerra mais ampla? Ainda não chegamos lá. Espero que não cheguemos lá”, disse.
Ele continuou: “Há várias maneiras diferentes de olhar para esse ataque. A principal maneira que eu pessoalmente olho para isso remonta à discussão que estávamos tendo antes, que é, foi um ataque contra um terrorista sênior que tem sangue israelense e americano em suas mãos.”
O ataque de sexta-feira no sul de Beirute matou figuras importantes do Hezbollah, incluindo Ibrahim Aqil, o líder de uma unidade de elite que tinha uma recompensa de US$ 7 milhões dos Estados Unidos por sua cabeça por seu suposto envolvimento no ataque de 1983 à Embaixada dos EUA em Beirute, que matou 63 pessoas, bem como no bombardeio do quartel da Marinha de Beirute, que matou 241 militares dos EUA no final daquele ano.