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    Guterres indicará austríaco como novo chefe de Direitos Humanos da ONU

    Volker Turk, atual subsecretário-geral de Políticas, será proposto como sucessor da chilena Michelle Bachelet; nomeação precisa de aprovação da Assembleia Geral

    O chefe da ONU, António Guterres
    O chefe da ONU, António Guterres Foto: COP26

    Emma Fargeda Reuters

    em Genebra

    O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, vai propor o austríaco Volker Turk para ser o próximo alto comissário para os Direitos Humanos, mostrou um documento da ONU.

    Turk, que agora trabalha no escritório de Guterres como subsecretário-geral de Políticas, sucederá a chilena Michelle Bachelet, cujo mandato terminou em 31 de agosto. A nomeação ainda precisa ser aprovada pela Assembleia Geral da ONU em Nova York.

    Se Turk for confirmado, seu desafio mais imediato será lidar com o acompanhamento de um relatório sobre a região chinesa de Xinjiang publicado por sua antecessora minutos antes de sua partida.

    O relatório descobriu que a “detenção arbitrária e discriminatória” da China de uigures e outros muçulmanos em sua região de Xinjiang pode constituir crimes contra a humanidade.

    A China nega veementemente quaisquer abusos em Xinjiang.

    O alto comissário desempenha um papel crítico ao se manifestar contra o retrocesso das liberdades em um momento em que as autocracias estão ganhando influência às custas da democracia.

    Outros candidatos ao cargo incluíam o diplomata de carreira Federico Villegas, da Argentina, e Adama Dieng, do Senegal, que anteriormente aconselhou Guterres na prevenção do genocídio.

    Phil Lynch, diretor executivo do Serviço Internacional de Direitos Humanos, disse que a seleção de Turk faltou transparência e consulta com a sociedade civil independente.

    “O secretário-geral perdeu uma oportunidade chave para construir a legitimidade e autoridade do próximo alto comissário”, disse Lynch.

    Normalmente, Guterres consulta os membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU – China, França, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos – antes de selecionar o Alto Comissário. Não ficou imediatamente claro se isso foi feito com Turk.