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    Guerra vai agravar insegurança alimentar no mundo, diz diretor do WFP

    À CNN Rádio, Daniel Balaban, do Programa Mundial de Alimentos da ONU, afirmou que países mais pobres serão “extremamente afetados”

    Civis deixam Mariupol, cidade ucraniana fortemente atingida pela Rússia desde o início da invasão da Ucrânia
    Civis deixam Mariupol, cidade ucraniana fortemente atingida pela Rússia desde o início da invasão da Ucrânia Maximilian Clarke/SOPA Images/LightRocket via Getty Images

    Amanda GarciaBel Camposda CNN

    em São Paulo

    A guerra na Ucrânia vai aumentar ainda mais o número de pessoas que estão passando fome no mundo, de acordo com o diretor do Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas (WFP), Daniel Balaban.

    “A gente já vinha num processo de deterioração do crescente número de pessoas com insegurança alimentar, mas o conflito prejudicará ainda mais porque a Rússia e a Ucrânia estão entre os maiores produtores de trigo do mundo”, afirmou, em entrevista à CNN.

    Segundo Balaban, em tempos de guerra, a produção e, consequentemente, a exportação são interrompidas. “Isso significa que os preços subirão e haverá escassez de todo tipo de alimentos, como carne, milho, aveia, centeio”.

    O WFP é responsável por comprar alimentos e repassá-los para outros países, como os da África. “O WFP já está com o orçamento comprometido, se antes com 100 dólares se comprava X toneladas, hoje os preços dobraram”.

    Ele destaca que os países mais pobres do mundo, principalmente do Sul do Saara, “serão extremamente afetados”.

    “Essas populações dependiam do apoio e dessas compras, vamos precisar de mais condições para atender esses países e achar soluções a curto e médio prazo”, completou.

    O diretor disse que os efeitos da guerra “são imediatos e tendem a se agravar ao longo do tempo”: “Países têm estoques, mas começar a diminuir. O Brasil é um grande comprador de fertilizantes da Rússia, sem eles, tem impacto na produção de alimentos aqui no país, esses reflexos serão sentidos em várias partes do planeta”.

    Daniel Balaban reforçou que um acordo de paz se faz necessário neste momento. “A guerra não resolve nada, e, sim, mesa de negociação, está na hora de sentar e tentar achar solução viável”.

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