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    Guerra não tem vencedores, diz presidente de Taiwan durante visita aos EUA

    Ilha vive tensão com a China, que reivindica controle sobre o território

    Ben BlanchardRoger Tungda Reuters

    A guerra não tem vencedores e a paz não tem preço, disse o presidente de Taiwan, Lai Ching-te, no Havai, depois de visitar um memorial ao ataque a Pearl Harbor — uma viagem aos Estados Unidos que irritou a China.

    Lai está fazendo uma viagem de dois dias no Havaí, que é oficialmente apenas uma escala no caminho para três nações insulares do Pacífico que mantêm laços formais com Taiwan.

    Em um discurso para integrantes da comunidade estrangeira de Taiwan e políticos do Havaí, incluindo os membros do Congresso americano, Lai se referiu à visita ao memorial no início do dia e depositou uma coroa de flores em memória daqueles que morreram no ataque japonês de 1941.

    “Nossa visita ao memorial hoje, em particular, nos lembra da importância de garantir a paz. A paz não tem preço e a guerra não tem vencedor. Temos que lutar – lutar juntos – para evitar a guerra”, disse Lai em inglês, num discurso transmitido ao vivo.

    Reclamação da China

    Enquanto Lai participava do evento, a China afirmou que reclamou com os EUA por terem providenciado a passagem do presidente pelo país. Além disso, prometeu “retaliações resolutas” contra uma potencial venda de armas a Taiwan que os EUA anunciaram horas antes de Lai iniciar a viagem.

    O Ministério das Relações Exteriores da China apresentou “representações severas” sobre a viagem, Destacou o Escritório de Assuntos de Taiwan da China em um comunicado.

    “Nos opomos firmemente aos intercâmbios oficiais entre os Estados Unidos e Taiwan e ao ‘trânsito’ de líderes da região de Taiwan para os Estados Unidos sob qualquer nome e por qualquer motivo”, pontuou.

    Fontes ressaltaram à Reuters que a China poderia lançar uma nova rodada de exercícios militares em torno de Taiwan em resposta à visita de Lai.

    Essa é a primeira viagem ao exterior do líder asiático desde que assumiu o cargo, em maio.

    A China organizou dois exercícios militares em torno de Taiwan este ano.

    Em seu discurso, Lai mudou para o taiwanês, também conhecido como Hokkien, e disse que, quando unidos, todas as dificuldades podem ser superadas.

    “A democracia de Taiwan pode se tornar um modelo para a comunidade internacional”, comentou.

    Lai e o seu governo rejeitam as reivindicações de soberania de Pequim e dizem que ele tem o direito de visitar outros países.

    Depois do Havaí, Lai seguirá para as Ilhas Marshall, Tuvalu e Palau, com outra escala no território norte-americano de Guam. O Havaí e Guam abrigam grandes bases militares dos EUA.

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