Guerra em Israel: o que turistas devem saber antes de viajar para a região
Companhias aéreas israelenses estão mantendo suas operações nos aeroportos do país
Turistas que já estavam com viagens marcadas para Israel ou regiões muito próximas ao conflito com o Hamas precisam se atentar aos últimos acontecimentos após a intensificação de bombardeios desde o último sábado (7).
A maioria das companhias aéreas internacionais, por exemplo, já cancelou voos de entrada e saída de Israel, e os governos estão revendo orientações de viagem para aqueles quem se dirige à região.
A situação continua podendo mudar a qualquer momento e, por isso, todas as informações e recomendações também podem sofrer alterações repentinas. Mas abaixo destacamos o que os viajantes precisam saber.
Impacto na aviação
Entre os locais que o Hamas afirma ter como alvo está o Aeroporto Internacional Ben Gurion, localizado nos arredores de Tel Aviv. O terminal é o maior e mais movimentado aeroporto do país.
Apesar dos combates, o site do Ben Gurion informou que ainda estava aberto e operacional na manhã desta segunda-feira (9).
O segundo maior aeroporto do país, o Aeroporto Internacional Ilan e Asaf Ramon (ETM), na cidade de Eilat, no sul do Mar Vermelho, também afirma que planeja continuar os serviços.
Quanto às companhias aéreas israelenses, a El Al, empresa de bandeira do país, emitiu um comunicado no domingo (8) dizendo que continuaria a operar normalmente.
“A El Al Airlines opera de acordo com as instruções das forças de segurança israelenses. Nossos voos são operados conforme programado. Todos os voos da El Al partirão apenas do Terminal 3”.
Ela está oferecendo opções aos viajantes que desejam “congelar” suas passagens, permitindo-lhes utilizá-las em uma data futura não especificada. As taxas de alteração de reserva estão sendo dispensadas para viajantes com voos programados até 21 de outubro.
Quem desejar cancelar a viagem tem direito a um voucher, que pode obter preenchendo o formulário no site da El Al. A companhia aérea também possui uma linha direta de emergência para clientes afetados pela situação.
Nesta segunda, alguns voos ainda pousaram no Ben Gurion, quase todos operados por companhias aéreas israelenses, incluindo voos da El Al vindos de Roma, Milão e Atenas. Alguns voos foram listados como atrasados.
As duas menores companhias aéreas do país, Israir e Arkia Airlines, disseram que operariam voos para ajudar os israelenses no exterior a voltar para casa.
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Companhias aéreas não israelenses
As companhias aéreas internacionais anunciaram que reduzirão drasticamente seus serviços aéreos para Israel à medida que a situação evolui.
Entre elas está a companhia aérea alemã Lufthansa. Ela afirmou em comunicado: “No contexto da atual situação de segurança em Israel, a Lufthansa Group Airlines está reduzindo seu programa de voos de/para Tel Aviv neste sábado”.
A primeira-ministra francesa, Élisabeth Borne, disse à BFM TV, afiliada da CNN, que a Air France suspendeu todos os voos para Israel por enquanto.
A Cathay Pacific Airways de Hong Kong disse na segunda-feira que estava cancelando seus voos de e para Tel Aviv e daria atualizações em 12 de outubro.
A Korean Air, a única companhia aérea sul-coreana que opera voos diretos entre Incheon e Tel Aviv, cancelou seu voo de segunda-feira – mas disse que operaria um voo de retorno de Tel Aviv para Incheon, para trazer as pessoas para casa.
Enquanto isso, a Delta Air Lines emitiu orientações para passageiros com voos reservados de ou para Tel Aviv entre 7 e 14 de outubro. Eles poderão remarcar para datas posteriores a 21 de outubro sem taxa de alteração, desde que permaneçam na mesma classe de serviço.
Caso o viajante opte pelo cancelamento total da viagem, terá direito a um voucher pelo preço pago pela passagem, que deverá ser utilizado no prazo de um ano.
A American Airlines cancelou voos diretos, assim como a United Airlines. “A segurança de nossos clientes e tripulações é nossa principal prioridade”, disse um representante da United em nota. “Estamos monitorando de perto a situação e ajustando os horários dos voos conforme necessário”.
A companhia aérea confirmou que os voos permaneceriam suspensos “até que as condições permitam a sua retomada”.
Outras grandes companhias aéreas que anunciam cancelamentos incluem: Air Canada, Hainan Airlines, Virgin Atlantic, Royal Air Marcoc.
Eventos programados
A União das Associações Europeias de Futebol cancelou todos os jogos que aconteceriam em Israel nas próximas semanas. Isso inclui as eliminatórias para a Euro 2024 entre Israel e Suíça, bem como as partidas do campeonato Euro Sub-21 de Israel contra a Estônia e a Alemanha.
“A UEFA continuará a monitorar de perto a situação e mantém contacto com todas as equipas envolvidas antes de tomar decisões sobre novas datas e sobre potenciais alterações em outros jogos futuros”, afirmou a organização em nota.
Live Nation, empresa de música e eventos ao vivo, anunciou que um show de Bruno Mars programado para acontecer no Yarkon Park, em Tel Aviv, no fim de semana foi cancelado.
O músico havaiano se apresentou para um público com ingressos esgotados no dia 4 de outubro e deveria realizar um segundo show no dia 7. A Live Nation disse em comunicado que todos que compraram ingressos para o segundo show serão automaticamente reembolsados.
Declarações de governos estrangeiros
Vários países atualizaram as suas orientações sobre viagens a Israel e Gaza após os ataques do fim de semana.
“A situação em Israel continua imprevisível”, afirmou a Embaixada dos EUA em Israel em nota, aconselhando cidadãos americanos em Israel a contatarem a embaixada em Jerusalém ou o consulado em Tel Aviv.
Se familiares nos EUA estiverem tentando entrar em contato com entes queridos em Israel, existe um formulário de entrada em crise que eles podem preencher para solicitar apoio.
A embaixada do Reino Unido recomenda que os cidadãos britânicos em Israel contatem e sigam os conselhos do Comando da Frente Interna, um grupo de defesa civil em Israel que conduz operações de busca e salvamento.
Além disso, a embaixada do Reino Unido aconselha que os seus cidadãos evitem várias áreas do país que são atualmente perigosas, nomeadamente Gaza e as áreas ao redor da fronteira com o Líbano.