Guerra de Israel: embaixada perde contato com brasileiros em Gaza

A embaixada do Brasil na Palestina informou que perdeu o contato com os brasileiros que estão na Faixa de Gaza. Os intensos bombardeios realizados pelo Exército de Israel na região provocaram uma interrupção no sinal de internet em Gaza.

De acordo com informações da âncora da CNN Tainá Falcão, o embaixador brasileiro na Palestina, Alessandro Candeas, alertou sobre a situação por volta das 14h30 desta sexta-feira (27), pelo horário de Brasília.

Segundo o embaixador, houve uma “completa queda de conexão” em Gaza. Disse também que os intensos bombardeios desta sexta destruíram a infraestrutura necessária para funcionamento do serviço de internet. Por conta do problema, a embaixada brasileira está procurando outra forma de tentar manter contato com os brasileiros.

Mais cedo nesta sexta-feira, o provedor palestino de serviços de telefonia móvel Jawwal disse que os serviços, incluindo telefone e internet, foram cortados por fortes bombardeios.

Um comunicado da Sociedade do Crescente Vermelho Palestino afirmou que perdeu completamente o contato com a sala de operações em Gaza e com todas as equipes que operam no terreno.

Por volta das 20h da noite desta sexta-feira, 27 de outubro (14h no Brasil), a representação brasileira em Ramala, na Cisjordânia, constatou queda na prestação de serviços de comunicação por celular e internet em Gaza.

O embaixador Alessandro Candeas, responsável pelo escritório da representação do Brasil em Ramala, conseguiu comunicação com um dos brasileiros hospedados em Rafah. Segundo o relato, há bombardeios intensos nesta noite, mas os brasileiros estão em segurança

Expansão das operações

O Exército de Israel anunciou que está “expandindo as operações terrestres” na Faixa de Gaza

O anúncio ocorre no momento em que a CNN relatou que uma grande série de explosões atingiu a cidade de Gaza na noite de sexta-feira.

As forças israelenses concentraram-se nos arredores de Gaza, onde Israel tem conduzido uma intensa campanha de bombardeios aéreos desde o ataque terrorista de 7 de outubro contra Israel pelo grupo radical islâmico Hamas.

Mais cedo, uma autoridade do grupo radical islâmico Hamas condicionou a libertação de reféns em Gaza a um cessar-fogo no bombardeio israelense ao enclave palestino, lançado após um ataque terrorista ao sul de Israel há quase três semanas.

Uma pesquisa de opinião realizada nesta sexta-feira sugeriu que quase metade dos israelenses agora deseja adiar uma invasão terrestre por temer que pelo menos 224 reféns estejam detidos no país.

(Publicado por Fábio Munhoz. Com informações da Reuters e Jussara Soares)