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    Guerra de Gaza é “fracasso moral” do mundo, diz presidente da Cruz Vermelha

    Mirjana Spoljaric pediu que Israel e Hamas continuem negociando acordo pela libertação de reféns

    Palestinos examinam moradias destruídas em ataque israelense em Khan Younis, na Faixa de Gaza
    Palestinos examinam moradias destruídas em ataque israelense em Khan Younis, na Faixa de Gaza 27/11/2023REUTERS/Mohammed Salem

    Emma Fargeda Reuters

    A presidente do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) lamentou nesta terça-feira (19) o conflito em Gaza como um “fracasso moral” da comunidade internacional e pediu a Israel e ao Hamas que cheguem a um novo acordo para interromper os combates.

    “Eu tenho falado de fracasso moral porque cada dia que passa é um dia a mais em que a comunidade internacional não provou ser capaz de acabar com níveis tão altos de sofrimento e isso terá um impacto sobre gerações não apenas em Gaza”, disse a presidente do CICV, Mirjana Spoljaric, a jornalistas em Genebra, após viagens para Faixa de Gaza e Israel.

    “Não há nada sem um acordo entre os dois lados, por isso pedimos que continuem negociando”, afirmou ela, referindo-se à libertação de reféns israelenses levados para Gaza por homens armados do Hamas durante o ataque letal no sul de Israel em 7 de outubro.

    “As libertações em si são missões altamente complexas e sensíveis.”

    Uma trégua mediada pelo Catar e pelo Egito foi mantida por uma semana no final de novembro e resultou na libertação de 110 reféns em Gaza em troca de 240 mulheres e adolescentes palestinos das prisões israelenses.

    Em 1º de dezembro, os combates foram retomados e alguns dos reféns restantes foram declarados mortos pelas autoridades israelenses.

    Embora o CICV tenha facilitado a libertação dos reféns durante a trégua, o grupo foi criticado por alguns israelenses por não ter feito mais para que os reféns fossem libertados. Alguns usuários das mídias sociais equipararam o CICV a um serviço de táxi para levar os reféns para fora de Gaza.

    “Você não vai lá, pega os reféns e os leva para fora”, disse Spoljaric, afirmando que qualquer analogia com um serviço de táxi ou Uber era “inaceitável e ultrajante”.

    “Nossos colegas arriscaram suas vidas e sua segurança durante essas operações e os reféns estão altamente expostos enquanto essas coisas estão em andamento”, acrescentou.

    O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, pareceu confirmar na semana passada que novas negociações estavam em andamento para recuperar os reféns ainda em poder do Hamas, depois que uma fonte disse que o chefe da inteligência de Israel se reuniu com o primeiro-ministro do Catar.

    Spoljaric disse que o CICV estaria pronto para ajudar novamente assim que as partes chegassem a um acordo.

    “Continuamos a conversar com todos os lados para estarmos prontos para operacionalizar o acordo que eles alcançarem”.