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    Guarda Revolucionária do Irã ataca locais dissidentes no Iraque e deixa 9 mortos

    Além dos mortos, 32 pessoas ficaram feridas, segundo o ministro de saúde, Saman Barazanchi; A força militar iraniana afirmou que continuará atacando o que chamou de terroristas na região

    Fumaça em alvo no Curdistão iraquiano.
    Fumaça em alvo no Curdistão iraquiano. Ako Rasheed/Reuters (28.set.22)

    Da Reuters

    Dubai

    A Guarda Revolucionária do Irã disse nesta quarta-feira (28) que disparou mísseis e drones contra alvos militantes na região curda ao norte do vizinho Iraque e alertou para mais ataques que estão por vir.

    Nove pessoas morreram e 32 ficaram feridas nos ataques perto de Erbil e Suleimânia, no Curdistão iraquiano, disse o ministro da Saúde, Saman Barazanchi, em comunicado.

    Os ataques foram relatados depois que as autoridades iranianas acusaram dissidentes curdos iranianos armados de envolvimento em uma onda de distúrbios que agora abalam o Irã, especialmente no noroeste, onde vive a maior parte da população curda do país, de mais de 10 milhões.

    Fontes curdas iraquianas disseram que ataques de drones atingiram pelo menos 10 bases de curdos iranianos perto de Suleimânia, no Curdistão iraquiano, na manhã desta quarta-feira, sem dar detalhes sobre possíveis vítimas.

    A Guarda Revolucionária, força militar e de segurança de elite do Irã, disse após os ataques que continuará atacando o que chamou de terroristas na região.

    “Esta operação continuará com nossa total determinação até que a ameaça seja efetivamente repelida, as bases de grupos terroristas sejam desmanteladas e as autoridades da região curda assumam suas obrigações e responsabilidades”, disse a Guarda em comunicado lido na televisão estatal.

    O Ministério das Relações Exteriores do Iraque condenou os ataques iranianos em áreas do Curdistão iraquiano.

    Protestos eclodiram no Irã este mês pela morte de uma jovem curda iraniana, Mahsa Amini, sob custódia policial.

    Amini, de 22 anos, da cidade curda de Saqez, no noroeste do país, foi presa em 13 de setembro na capital Teerã por usar “trajes inadequados” pela polícia moral, que aplica o rígido código de vestimenta da República Islâmica.

    Ela morreu três dias depois no hospital após entrar em coma, provocando o primeiro grande ato de oposição nas ruas do Irã desde que as autoridades reprimiram os protestos contra o aumento dos preços da gasolina em 2019.