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    Grupos separatistas na Irlanda do Norte podem ganhar força, diz professor

    Renato de Almeida Vieira e Silva, professor universitário e especialista em realeza afirmou que as relações entre o país e Londres sempre foram muito "difíceis"

    Ingrid OliveiraLudmila CandalAnna Gabriela Costada CNN

    em São Paulo

    Em entrevista à CNN nesta terça-feira (13), Renato de Almeida Vieira e Silva, professor universitário e especialista em realeza disse que os movimentos separatistas na Irlanda do Norte podem ganhar força, com a morte da rainha Elizabeth II — que morreu no último dia (8), na Escócia.

    Segundo ele, Charles III deve enfrentar uma situação delicada. “As relações entre a Irlanda do Norte e Londres sempre foram muito difíceis”.

    “Uma das formas que se arranjou [para amenizar a situação] foi tentar buscar nos grupos que antes praticavam atos terroristas pela independência [irlandesa] e trazê-los como representantes dentro do parlamento. Foi uma negociação difícil, que produziu efeitos razoáveis até o momento”, disse.

    No entanto, o professor afirma que “não podemos dizer que movimentos separatistas não venham a se formar com um pouco mais de força e um pouco mais de pressão”.

    “Esperamos que não venham a se traduzir em momentos dramáticos como houve ao longo de quase um século”, disse Almeida Vieira e Silva.

    Nesta terça, o rei Charles III afirmou que buscará o bem-estar do povo da Irlanda do Norte, seguindo o exemplo de sua mãe, a falecida rainha Elizabeth II.

    “Assumo minhas novas funções decidido a buscar o bem-estar de todos os habitantes da Irlanda do Norte”, disse Charles, lembrando o “exemplo brilhante” dado por sua mãe.

    Charles III e sua esposa Camilla, a rainha consorte, chegaram à Irlanda do Norte nesta terça-feira, enquanto milhares de pessoas continuam a desfilar diante do caixão da rainha em Edimburgo, na Escócia.

    Visita de Charles à Irlanda do Norte é um “grande progresso”, avalia professor

    Em entrevista à CNN nesta terça-feira (13), o professor de Relações Internacionais da Universidade de São Paulo (USP), disse que a visita do monarca à Irlanda do Norte seria “impensável” há 25 ou 30 anos.

    ‘A visita foi significativa, importante, a ideia de uma política de Sinn Féin receber o rei em Hillsboroughg – que é a sede do governo da Irlanda do Norte – seria impensável há 25, 30 anos atrás, é um grande progresso”, afirmou o professor.

    O professor Kai Enno Lehmann disse ainda que o Reino Unido vive um momento raro de união, mas que pode ser por um breve período.

    “Estamos vivendo no Reino Unido um momento de união que tem sido muito raro nos últimos anos no país, minha expectativa é que esse momento de união não dure, daqui a algumas semanas voltaremos às disputas e problemas que existiam há uma semana atrás e que continua existindo”, afirmou,

    “Um desses problemas será a Irlanda do Norte e o protocolo sobre a Irlanda do Norte, entre o Reino Unido e a União Europeia”, finalizou.