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    “Grupo Wagner não tem poder para tomar Moscou”, diz especialista sobre recuo

    Após avançar contra Moscou em represália por um ataque a seu acampamento, grupo militar afirmou neste sábado que decidiu suspender movimento e recuar

    Da CNN , em São Paulo

    O fato de o Grupo Wagner ter dado início ao recuo de suas tropas, neste sábado (24), depois de iniciar uma marcha rumo a Moscou, na Rússia, demonstra que o grupo militar russo não tem força para tomar a capital, como chegou a ameaçar.

    Esta é a principal razão para o recuo indicada pelo coordenador do Grupo de Análise de Conjuntura Internacional (GACInt) da Universidade de São Paulo (USP), Alberto Pfeifer.

    “O Wagner se tornou quase um monstro, são quase 50 mil homens equipados, com experiência em combate”, afirmou Pfeifer em entrevista à CNN na tarde deste sábado.

    “Mas, aparentemente, recuou, e as motivações para esse recuo são claras: ele não detem poder suficiente para avançar até Moscou e se manter lá.”

    A reviravolta começou na sexta-feira (23), quando o chefe do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, acusou abertamente os militares da Rússia de atacar um de seus acampamentos e matar vários de seus homens, e deu início a um levante, em retaliação, contra Vladimir Putin.

    O grupo alega que suas tropas avançaram 200 quilômetros em direção à capital russa entre a sexta-feira e o sábado.

    No início da tarde deste sábado, entretanto, Prigozhin anunciou que estariam interrompendo a marcha e retornando para seus acampamentos.

     “É importante reiterar que eles são um grupo mercenário, trabalham por dinheiro, por benefício”, disse Pfeifer, da USP. 

    “Depois de ponderar, de pensar, e talvez ser oferecido algum adicional, talvez tenham decidido voltar à sua posição de origem, e talvez a questão se normalize.”

    Veja a entrevista completa no vídeo acima.

    Publicado por Juliana Elias

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