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    Grupo pró-impeachment de Lasso mantém controle da Assembleia

    Virgilio Saquicela foi reeleito presidente da casa legislativa no domingo, com apoio de parlamentares que trabalham para afastar o presidente do Equador 

    Eleição comprova a força da banca anti-Lasso na Assembleia Nacional
    Eleição comprova a força da banca anti-Lasso na Assembleia Nacional Assemblea Nacional/Divulgação

    Alexandra Valenciada Reuters

    Quito

    O legislador independente Virgilio Saquicela foi reeleito presidente da Assembleia Nacional do Equador no domingo (14), apoiado por políticos que querem um processo de impeachment contra o presidente Guillermo Lasso para avançar para a votação de sua possível destituição.

    Saquicela, que assumiu a presidência da Assembleia Nacional em maio do ano passado, tornou-se protagonista no processo contra Lasso, acusado de peculato em contrato de transporte de petróleo. O presidente nega as acusações.

    A assembleia votou pela continuação do processo de impeachment na terça-feira, em sessão convocada por Saquicela, com 88 votos a favor dos 116 legisladores presentes.

    Neste domingo, a maioria de 96 parlamentares dos 136 presentes votou pela reeleição de Saquicela. Ele foi apoiado por aliados do ex-presidente Rafael Correa, condenado por corrupção, além de outros partidos da oposição e independentes.

    “Este parlamento tem que ser o contrapeso contra o poder, não contra ninguém em particular, mas porque é isso que a democracia dita”, disse Saquicela.

    A oposição do Equador acusa Lasso de fechar os olhos a uma suspeita de peculato relacionada a um contrato da empresa estatal de transporte de petróleo Flopec. Lasso diz que seu governo fez alterações no contrato, assinado anos antes de sua posse, para beneficiar o estado.

    De acordo com a constituição do Equador, Lasso poderia convocar eleições presidenciais e legislativas antecipadas em vez de enfrentar uma votação de remoção.

    Saquicela, que fez parte de uma bancada de legisladores que apoiam o governo, apoia abertamente as audiências de impeachment e alertou que a dissolução da assembleia no meio do processo seria inconstitucional.

    Noventa e dois votos da assembleia de 137 membros são necessários para remover Lasso. Alguns membros da oposição tentaram removê-lo no ano passado em meio a protestos de grupos indígenas.