Grupo de países defende nova meta global para proteção dos oceanos
Durante encontro na COP26, líderes do Blue Leaders pedem ainda a formulação de novo tratado das Nações Unidas para conservar e proteger a biodiversidade marinha
Tanto pelas ruas de Glasgow, na Escócia, onde jovens ativistas de várias partes do mundo realizaram um protesto, como dentro da área oficial da COP26, o poder dos jovens marcou a sexta-feira (5). Mas além da juventude, a preservação dos oceanos – e a economia azul – foram destaques.
Durante o encontro das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica, os líderes defenderam que os governos garantam um futuro para os oceanos estabelecendo uma nova meta global para proteger 30% das águas marinhas até 2030. Além disso, sugerem a formulação de um novo tratado das Nações Unidas para conservar e proteger a biodiversidade marinha, além da jurisdição nacional.
Estes foram os principais apelos que os Blue Leaders – como são chamados os defensores dos oceanos – fizeram aos demais chefes de Estado. A iniciativa Blue Leaders é uma colaboração entre o governo da Bélgica, NRDC e Mission Blue. Os países do Blue Leader incluem além da Bélgica, Chile, Costa Rica, Croácia, Fiji, Finlândia, Gabão, Mônaco, Nigéria, Palau, Panamá, Seychelles e Espanha.
Ressaltaram que os oceanos também sofrem com as mudanças climáticas e com as atividades humanas predatórias.
“O oceano, uma força notável de sustentação da vida na Terra, hoje enfrenta ameaças de todos os lados, especialmente de impactos climáticos nocivos e das atividades humanas insustentáveis”, disse Manish Bapna, presidente e CEO do NRDC (Conselho de Defesa de Recursos Naturais), um copatrocinador do evento Blue Leaders na COP26.
“Bilhões de pessoas em todo o mundo dependem do oceano para alimentação, empregos e sobrevivência cultural e econômica, incluindo algumas das comunidades mais vulneráveis da Terra”, acrescentou Bapna.
Os oceanos cobrem quase dois terços do planeta e abrigam a maior parte da biodiversidade da Terra. Eles também regulam o clima da Terra, produzem o oxigênio e fornecem alimentos e meios de subsistência a bilhões de pessoas.
Mas as mudanças na química e na temperatura dos mares, por conta das mudanças climáticas, estão tendo um impacto profundo na capacidade deles de continuar fornecendo serviços ambientais.