Greve geral na Argentina reúne 130 mil pessoas em Buenos Aires, diz polícia
Central Geral do Trabalho, principal organizadora do movimento, afirma que mais de 1,5 milhão de pessoas aderiram à paralisação no país
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Pessoas protestam contra os planos de reformas do governo do presidente Javier Milei em frente ao Congresso durante greve geral, em Buenos Aires • Martin Cossarini/picture alliance via Getty Images
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Manifestantes seguram uma faixa que diz "O país não está à venda" e gritam slogans em frente ao Congresso Nacional durante a greve geral • Marcelo Endelli/Getty Images
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Mais de 130 mil pessoas foram às ruas de Buenos Aires, segundo a polícia local • Martin Cossarini/picture alliance via Getty Images
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Vista aérea dos manifestantes em frente ao Congresso Nacional durante a greve geral contra convocada pelo sindicato dos trabalhadores CGT • Marcelo Endelli/Getty Images
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Policiais são mobilizados durante greve geral; governo manteve em vigor o "protocolo antibloqueio" • Martin Cossarini/picture alliance via Getty Images
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Policiais montam guarda em frente a Congresso Nacional durante a greve nacional contra as políticas do presidente Javier Milei • Marcelo Endelli/Getty Images
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Mais de 1,5 milhão de pessoas aderiram à paralisação em todo o país, segundo a Central Geral do Trabalho (CGT), principal organizadora do movimento • Reuters
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Manifestantes seguram um fantoche do presidente da Argentina, Javier Milei, durante uma greve nacional contra as políticas do governo • Ricardo Ceppi/Getty Images
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Policiais de Buenos Aires em patrulha durante greve nacional contra as políticas do presidente Javier Milei • Marcelo Endelli/Getty Images
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Vista aérea dos manifestantes em frente ao Congresso Nacional, em Buenos Aires, durante a greve geral • Marcelo Endelli/Getty Images
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Pessoas protestam em frente ao Congresso durante greve geral contra os planos de reformas do governo de Javier Milei • Martin Cossarini/picture Alliance via Getty Images
A greve geral na Argentina reuniu até o momento mais de 130 mil pessoas nas ruas da capital Buenos Aires, segundo dados da polícia local. A Central Geral do Trabalho (CGT), principal organizadora do movimento, afirma que mais de 1,5 milhão de pessoas aderiram à paralisação no país.
Durante o dia, os manifestantes realizam diferentes concentrações e marchas até o Congresso, em apoio a legisladores que devem votar contra o megadecreto anunciado em dezembro por Milei. A medida visa desregular a economia, eliminando e modificando várias leis aprovadas pelo Legislativo.
Eles também repudiam o projeto de lei de mais de 500 artigos enviado pelo governo ao Congresso, que pode ser debatido pela Câmara ainda nesta semana
Na Praça do Congresso, em Buenos Aires, Pablo Moyano, do Sindicato dos Caminhoneiros, questionou o conjunto de leis do governo e criticou outro projeto sobre imposto aos trabalhadores que recebem rendimentos elevados.
“Não deixem que pensem em cobrar novamente o imposto sobre os trabalhadores! Coloquem o imposto sobre as grandes fortunas, não sobre os trabalhadores! Aumentem as retenções”, disse Moyano.
Além disso, pediu aos legisladores “que não traiam os trabalhadores”, fazendo referência à votação do conjunto de leis enviado pela administração federal ao Congresso, também chamada de Lei Ônibus.
“Eles estão diante de uma decisão histórica de [dizer] se estão com os trabalhadores ou com as corporações que estão com esse modelo econômico que o presidente Milei está executando”, afirmou o dirigente sindical.
“Lado errado da história”, diz governo
Quando questionado na terça-feira (23), sobre a convocação para a greve geral, o porta-voz da Presidência argentina, Manuel Adorni, afirmou que os sindicalistas “claramente estão do lado da história”. Ele reclamou de a medida ter sido anunciada dias após a posse de Milei.
“De fato, acredito que foi o anúncio de greve mais rápido da história da Argentina”, pontuou Adorni, afirmando que a marcha “não tem sentido” e que os sindicalistas estão “contra as pessoas que trabalham”.
O governo Milei também questiona o “silêncio” dos sindicalistas durante o governo de Alberto Fernández.
Perguntados sobre o assunto nas últimas semanas, representantes de centrais de trabalhadores alegaram não terem realizado paralisações na administração anterior devido à pandemia, à crise global gerada pela guerra na Ucrânia e à seca na Argentina, que gerou fortes perdas econômicas.
*com informações da CNN, de Luciana Taddeo, da CNN, e da Reuters