Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Governo do Panamá busca diálogo com manifestantes após semanas de protestos

    Alta nos preços de alimentos e combustíveis e salários de funcionários públicos estão entre principais motivos de revolta da população

    Manifestações no Panamá
    Manifestações no Panamá Reuters

    Sebastián Jiménez Valenciada CNN

    O Panamá soma mais uma semana de protestos e bloqueios cujos efeitos começam a ser sentidos com força no país devido ao fechamento de estradas e tensão social. Tudo parece indicar que a situação pode piorar já que o diálogo parece não avançar.

    O presidente Laurentino Cortizo montou uma mesa de diálogo na Ciudad del Saber, na capital do país, mas os principais grupos de protesto não compareceram à reunião de quinta-feira (14). Na sexta-feira (15) a mesa de diálogo foi retomada, novas manifestações foram registradas em vários pontos do país.

    O governo tem buscado o diálogo, tendo como mediadora a Igreja Católica, com grupos organizados, associações e movimentos representativos que nos últimos dias têm protestado.

    No entanto, a Associação de Educadores Veragüenses (AEVE) e a Aliança Nacional pelos Direitos do Povo Organizado (Anadepo) “rejeitaram” e “deslegitimaram” a mesa de diálogo e pediram uma nova mobilização em Santiago de Veraguas.

    Os professores foram os primeiros a sair às ruas para demonstrar sua insatisfação com as condições de vida no país e com a gestão de Cortizo, mas outros grupos se juntaram aos atos. como indígenas, trabalhadores do setor da construção e trabalhadores da saúde.

    O presidente anunciou o congelamento do preço dos combustíveis para veículos particulares a nível nacional a partir desta sexta-feira.

    Alta dos combustíveis

    Um dos gatilhos para os protestos foi o aumento do preço da gasolina. que superou US$ 6 por galão.

    Os panamenhos que estão nas ruas agora têm muito mais demandas e pedem que o galão fique em US$ 3, que se desenvolva uma política de criação de empregos, que se diminuam os salários dos altos funcionários públicos e os privilégios dos funcionários do governo.

    O governo já anunciou uma série de medidas para tentar aplacar os protestos, mas os manifestantes as consideraram insuficientes e as carências começam a ser notadas nas lojas do país.

    Medidas governamentais

    O governo panamenho aprovou esta semana novas medidas que buscam proporcionar alívio econômico à sociedade por meio do congelamento do preço da gasolina, atribuindo um teto de preço a mais uma dezena de produtos da cesta básica e implementando medidas de austeridade, informou a Presidência em comunicado.

    O Conselho de Ministros do Panamá aprovou as medidas para “deter o aumento da cesta básica e garantir o abastecimento de alimentos”.

    Entre as medidas aprovadas está o “controle de preços de 10 produtos da cesta básica”, bem como a “modificação dos pedágios do Canal do Panamá”.

    O governo também pretende estabelecer “um processo de redução da folha de pagamento do Estado em 10%; o início de um programa de aposentadoria voluntária para funcionários do setor público e a suspensão de aumentos salariais, exceto os estabelecidos por lei”.

    Cortizo disse quinta-feira que há “políticos infiltrados” nos protestos: “Os protestos fazem parte das democracias, mas não devem nos prejudicar. Eu sou o presidente deste país. Recebo muita informação. Há algumas pessoas, políticos infiltrados nesses movimentos que são bons, mas estão sendo contaminados por más intenções”.

    Este conteúdo foi criado originalmente em espanhol.

    versão original