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    Governo do Equador retira quase 800 corpos de casas em Guayaquil

    Balanço da força-tarefa de enfrentamento ao novo coronavírus crava 1.878 mortes desde 31 de março, mas não especifica quantas são em decorrência da doença

    O governo do Equador informou que retirou 771 corpos de pessoas que morreram em casa e 631 corpos de mortos em hospitais públicos da província de Guaya, cuja capital é a cidade de Guayaquil, epicentro do surto do novo coronavírus no país.

    Esses números, somados a outros 476 certificados de autorização para enterros particulares, somam 1.878 mortos em Guaya desde a criação da força-tarefa responsável pelo enfrentamento à COVID-19, em 31 de março.

    “Não tenho o número detalhado [de quantos desses morreram por COVID-19], mas isso consta nas certidões de óbito e, sem dúvida, são a maioria”, disse Jorge Wated, coordenador da força-tarefa em mensagem no Twitter na noite de domingo (12).

    Além disso, em razão do grande volume de mortes que afetaram a capacidade do sistema funerário da região, o governo criou um site para ajudar pessoas a localizarem onde infectados ou mortos com suspeita do coronavírus foram enterrados.

    Dados oficiais de domingo mostravam que o Equador tinha 7.466 casos confirmados e 333 mortes por COVID-19. Acredita-se que outras 384 pessoas tenham morrido vítimas do coronavírus, mas os casos não foram confirmados porque os pacientes não foram testados.

    Corte de salários

    O presidente equatoriano, Lenín Moreno, informou, na noite de domingo, que reduziu em 50% o próprio salário e dos membros de seu gabinete, para combater a pandemia da COVID-19, que afetou fortemente a economia do país andino.

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    “Decidi reduzir 50% do salário mensal do presidente, do vice-presidente, dos ministros e vice-ministros”, escreveu Moreno no perfil que mantém no Twitter.

    As reduções salariais também afetarão autoridades estaduais, incluindo parlamentares na Assembleia Nacional, que criticaram fortemente os planos de Moreno de aumentar os impostos para reforçar as finanças do governo em meio à pandemia.

    Moreno propôs a criação de um fundo de assistência humanitária que coletaria 5% dos lucros de empresas com receita superior a US$ 1 milhão em 2018 e tributaria trabalhadores com salários mensais superiores a US$ 500.

    Essas medidas foram questionadas por lideranças indígenas, sindicatos e líderes empresariais. “O imposto que querem cobrar dos trabalhadores é injusto, já que as medidas não incluem a contribuição do estado”, disse o líder trabalhista Richard Gomez, em entrevista. (Com informações da Reuters)

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