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    Governo da Colômbia suspende cessar-fogo com grupo rebelde

    Medida foi tomada pelo presidente Gustavo Petro contra EMC em algumas áreas do país após o assassinato de quatro adolescentes indígenas 

    Luis Jaime Acostada Reuters

    Bogotá

    O governo da Colômbia suspendeu nesta segunda-feira (22) um cessar-fogo nacional com o grupo armado Estado Mayor Central (EMC) em algumas províncias, após o assassinato de quatro adolescentes indígenas.

    A medida para reativar as ofensivas militares contra o EMC no sudeste do país é o mais recente obstáculo nos esforços do presidente da Colômbia, Gustavo Petro, para fazer acordos de paz ou rendição com grupos armados e acabar com o conflito de seis décadas na Colômbia, que já matou ao menos 450 mil pessoas.

    O EMC foi fundado por ex-membros dissidentes dos agora desmobilizados rebeldes das Farc, que assinaram um acordo de paz em 2016 rejeitado pelo EMC.

    “O atual cessar-fogo bilateral com este grupo armado nas províncias de Meta, Caquetá, Guaviare e Putumayo está suspenso e todas as operações ofensivas estão reativadas”, disse o governo em um comunicado. “A decisão entrará em vigor nas próximas 72 horas.”

    O cessar-fogo com o EMC tem tido sucesso em outras províncias, onde se manterá, disse o governo, acrescentando que continua disposto a manter conversas com o grupo.

    Os quatro menores de idade foram recrutados à força pelo grupo e mortos a tiros quando tentavam fugir, disseram grupos indígenas.

    Em seu próprio comunicado na manhã desta segunda-feira, o EMC disse que as Forças Armadas violaram o acordo bilateral e que o desejo de mudança do governo foi visto “apenas em discursos e promessas”.

    O EMC tem cerca de 3.500 membros, incluindo cerca de 2.200 combatentes, e opera em 23 das 32 províncias da Colômbia, de acordo com documentos da força de segurança.