Governo Biden determina formalmente genocídio cometido por militares de Mianmar
Secretário de Estado dos EUA anunciará determinação no Museu Memorial do Holocausto dos EUA em Washington, DC, na segunda-feira
O governo Biden determinou formalmente que os militares de Mianmar cometeram genocídio e crimes contra a humanidade contra os rohingyas, disse um funcionário dos EUA à CNN neste domingo (20).
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, anunciará publicamente a determinação que grupos de direitos humanos vêm defendendo há anos, no Museu Memorial do Holocausto dos EUA em Washington, DC, na segunda-feira.
A Reuters informou pela primeira vez sobre o reconhecimento do genocídio pelo governo.
Até agora, os EUA não chegaram a declarar genocídio às atrocidades – incluindo assassinatos em massa e estupros – cometidas em 2017 contra a minoria muçulmana Rohingya. A violência forçou quase um milhão de pessoas a fugir, e as Nações Unidas recomendaram que altos oficiais militares enfrentem acusações de genocídio.
Um relatório do Departamento de Estado dos EUA divulgado discretamente em 2018 descobriu que a violência contra os rohingyas no estado de Rakhine, no norte de Mianmar, era “extrema, em larga escala, generalizada e aparentemente voltada para aterrorizar a população e expulsar os moradores rohingyas”.
O Departamento de Estado sancionou vários oficiais militares de Mianmar, incluindo o comandante em chefe Min Aung Hlaing, por seu papel em cometer esses abusos de direitos humanos.