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    González se abrigou na embaixada dos Países Baixos antes de fugir à Espanha

    Chancelaria dos Países Baixos confirmou que abrigou candidato da oposição

    Omar Fajardoda CNN*

    O ministro das Relações Exteriores dos Países Baixos, Caspar Veldkamp, confirmou que o país recebeu Edmundo González na embaixada em Caracas antes de ele ir para a sede diplomática da Espanha.

    “Devido ao seu pedido urgente, um dia após as eleições, decidi hospedá-lo na residência de Estado do Reino dos Países Baixos em Caracas pelo tempo que fosse necessário”, disse o ministro das Relações Exteriores em um comunicado.

    O ministro das Relações Exteriores acrescentou que, no início de setembro, Edmundo González comunicou sua intenção de deixar a residência e o país.

    “Falei com ele sobre a situação na Venezuela, a importância do trabalho da oposição e a transição para a democracia, e enfatizei nossa hospitalidade contínua. Apesar de tudo, ele expressou seu desejo de sair e continuar sua luta da Espanha”, acrescentou o diplomata.

    Por sua vez, José Manuel Alabares, Ministro das Relações Exteriores da Espanha, confirmou neste domingo (8) que o candidato Edmundo González viajou para a Espanha em um avião da Força Aérea Espanhola e que pediu o direito de asilo, que será processado e concedido pela Espanha.

    “ Pude falar com ele quando já estava no avião da Força Aérea Espanhola. Ele expressou sua gratidão ao governo e à Espanha. E, é claro, transmiti a nossa felicidade por ele estar bem, a caminho da Espanha. E ele reiterou mais uma vez o compromisso do governo espanhol com os direitos políticos, a liberdade de expressão e manifestação e a integridade física de todos os venezuelanos”, disse Alabares à imprensa.

    O ministro das Relações Exteriores acrescentou que o asilo político foi solicitado por Edmundo González, que passou alguns dias na residência da embaixada espanhola em Caracas, e que essa medida não altera a posição do governo espanhol com relação às eleições na Venezuela.

    “A posição do governo espanhol não mudou em nada em relação ao que era antes da partida de Edmundo González. Reiteramos nossa exigência de que as atas sejam apresentadas, que possam ser verificadas e que não reconheceremos nenhuma suposta vitória se isso não puder ser feito”, enfatizou o diplomata.

    A saída de González da Venezuela ocorre cinco dias depois que um tribunal ordenou sua prisão por acusações relacionadas à publicação de resultados eleitorais em um site. Gonzalez negou as acusações contra ele.

    Momentos antes de a defesa de González confirmar que ele havia deixado a Venezuela, a vice-presidente executiva do país, Delcy Rodríguez, havia postado uma mensagem no Instagram na qual dizia que o governo havia lhe concedido salvo-conduto para deixar o território “em nome da paz política e da tranquilidade no país”.

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