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    G7 resistirá a “qualquer coação” da China sobre o Taiwan, diz autoridade dos EUA

    Em meio ao aumento das tensões, grupo busca demonstrar uma frente unificada

    Ministros de Relações Exteriores dos países do G7 reunidos em Karuizawa, Japão
    Ministros de Relações Exteriores dos países do G7 reunidos em Karuizawa, Japão 17/03/2023FRANCK ROBICHON/Pool via REUTERS

    Por Humeyra Pamuk e Sakura Murakami, da Reuters

    Os países do Grupo dos Sete concordam com a necessidade de enfrentar “qualquer coação” chinesa ou esforços para exercer controle no Estreito de Taiwan, disse uma autoridade graduada do Departamento de Estado norte-americano na segunda-feira (17), em meio ao aumento das tensões em torno de Taiwan.

    As preocupações sobre o que as nações ricas do G7 veem como uma postura cada vez mais agressiva da China em relação a Taiwan e mais amplamente na região do Indo-Pacífico estiveram no centro das conversas entre os ministros das Relações Exteriores do grupo na cidade turística japonesa de Karuizawa.

    “A mensagem é a mesma em todo o G7: queremos trabalhar com a China nas áreas em que a China está preparada para trabalhar conosco”, disse uma autoridade de alto escalão do Departamento de Estado dos EUA a repórteres em uma teleconferência.

    “Certamente vamos nos posicionar contra qualquer coação, qualquer manipulação de mercado, qualquer esforço para mudar o status quo no Estreito de Taiwan”, acrescentou a autoridade.

    Os ministros do G7 buscam demonstrar uma frente unificada, especialmente depois de comentários recentes do presidente francês Emmanuel Macron que foram percebidos em algumas capitais ocidentais como muito leves em relação à China e provocaram uma reação.

    Depois de visitar a China neste mês, Macron alertou contra ser arrastado para uma crise sobre Taiwan impulsionada por um “ritmo americano e uma reação exagerada chinesa”.

    Como único membro asiático do G7, o Japão está profundamente preocupado com qualquer possível ação de Pequim contra a vizinha Taiwan.

    Pequim vê Taiwan como território chinês e não renunciou ao uso da força para tomar a ilha governada democraticamente. A presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, diz que apenas o povo da ilha pode decidir seu futuro.

    “O impacto que a paz e a estabilidade do Estreito de Taiwan tem em nosso país é um fato, mas também é um fator crucial para a segurança mais ampla da comunidade internacional”, disse o ministro das Relações Exteriores do Japão, Yoshimasa Hayashi, após uma reunião bilateral com o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken.