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    Funcionários que desejavam sair foram retirados de Chernobyl, diz ONU

    Equipe de plantão estava exausta, trabalhando sob extrema pressão e representava um risco crescente para a segurança do local

    François Murphyda Reuters

    Os últimos membros do único turno da equipe técnica que estava trabalhando nas instalações de resíduos radioativos de Chernobyl desde que as forças russas tomaram o local no mês passado foram dispensados, disse o órgão de vigilância nuclear da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta segunda-feira (21).

    Por mais de três semanas as instalações perto da extinta usina de energia que foi palco do pior desastre nuclear do mundo em 1986 foram operadas por um único turno de funcionários que estavam em serviço quando as forças russas assumiram o controle do local em território ucraniano, em 24 de fevereiro. Todos estavam impedidos de sair até domingo.

    Por semanas a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) alertou que a situação, em que a equipe de plantão estava exausta e trabalhando sob extrema pressão, representava um risco crescente para a segurança do local e pediu que eles fossem retirados.

    “A autoridade reguladora da Ucrânia disse que cerca de metade da equipe técnica do turno de saída deixou o local do acidente de 1986 ontem [domingo] e o restante saiu hoje, com exceção de 13 funcionários que se recusaram a fazer rodízio”, disse a AIEA em comunicado.

    A equipe técnica que se retirou foi substituída por colegas ucranianos que, assim como eles, estão baseados na cidade de Slavutych, informou a agência, citando o órgão regulador de energia nuclear da Ucrânia.

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