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    França vai retirar sua presença militar no Níger até o final de 2023, diz Macron

    Presidente francês disse que coordenar saída "com os golpistas porque queremos que isso aconteça com calma"

    Chris Liakosda CNN

    A França encerrará a sua presença militar no Níger até o final do ano, disse o presidente francês, Emmanuel Macron, neste domingo (24).

    A decisão aconteceu em meio ao aumento da tensão entre as duas nações desde uma junta militar assumiu o controle do Níger, em julho passado. Restam cerca de 1.500 soldados franceses no país africano.

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    “Estamos pondo fim à nossa cooperação militar com as autoridades do Níger porque elas não querem mais combater o terrorismo”, disse Macron sobre os líderes militares que assumiram o governo do país do noroeste africano.

    A França não reconheceu as autoridades militares do Níger e insiste que o presidente deposto, Mohamed Bazoum, continua a ser a única autoridade legítima do país. A decisão de acabar com a “cooperação” é “porque não estamos lá para lidar com política interna e ser reféns de golpistas”, disse Macron, referindo-se ao grupo militar.

    A retirada será organizada nas próximas semanas, disse ele. “Eles voltarão de forma ordenada nas próximas semanas e meses e, para isso, coordenaremos com os golpistas porque queremos que isso aconteça com calma”, disse Macron.

    A França tinha colocado tropas militares no país, muitas das quais estavam lá para ajudar em missões de contraterrorismo, com base no fato de o Níger ser uma democracia relativamente estável numa região repleta de convulsões políticas, terrorismo e insurreições islâmicas, informou a CNN.

    Embaixador francês também retornará

    O presidente francês disse também que decidiu trazer de volta à França o embaixador do país no Níger, Sylvain Itte.

    “A França decidiu trazer de volta o seu embaixador”, disse Macron. “Nas próximas horas, o nosso embaixador, juntamente com vários diplomatas, regressarão à França”.

    Esse anúncio surge pouco mais de uma semana depois de Macron ter dito que o embaixador estava “literalmente mantido como refém na embaixada francesa”, e que “a comida foi impedida de ser entregue” na embaixada em Niamey, a capital.

    Após o golpe de julho, a junta militar ordenou que Itte deixasse o país, revogou o seu visto e instruiu a polícia a expulsá-lo. Mas o diplomata permaneceu no cargo e as autoridades francesas reiteraram que não reconheciam a autoridade da junta.

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