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    França tem 150 presos em 2ª noite de protestos por morte de adolescente pela polícia

    Presidente francês Emmanuel Macron criticou os violentos protestos que se espalharam da noite para o dia como "absolutamente injustificáveis"

    Bombeiros e polícia atuam durante confrontos entre manifestantes e policiais, após a morte de adolescente de 17 anos por um policial francês durante uma blitz28/06/2023
    Bombeiros e polícia atuam durante confrontos entre manifestantes e policiais, após a morte de adolescente de 17 anos por um policial francês durante uma blitz28/06/2023 REUTERS/Stephanie Lecocq

    Xiaofei XuTeele RebaneIsaac Yeeda CNN

    As autoridades francesas prenderam cerca de 150 pessoas durante a noite desta quarta-feira (28), quando protestos irromperam pela segunda noite após a morte de um adolescente pela polícia.

    O presidente francês Emmanuel Macron disse que a violência nos protestos é “absolutamente injustificável”.

    O ministro do Interior, Gérald Darmanin, publicou no Twitter que “prefeituras, escolas e delegacias de polícia foram incendiadas ou atacadas” durante uma noite de “violência intolerável”.

    A raiva está aumentando na França pela morte do jovem de 17 anos, identificado como Naël, que foi baleado pela polícia durante uma blitz de trânsito na terça-feira no subúrbio parisiense de Nanterre.

    O incidente desencadeou protestos violentos em vários subúrbios de Paris na noite de terça-feira, durante os quais 24 policiais ficaram feridos e 40 carros foram incendiados, disseram autoridades francesas.

    Antecipando a violência que se estenderia pela segunda noite, 2 mil policiais extras foram mobilizados na tarde de quarta-feira, disseram as autoridades.

    Darmanin expressou apoio à polícia e aos bombeiros, dizendo que era “vergonhoso aqueles que não pediram por calma”.

    O policial que supostamente atirou no adolescente foi preso preventivamente na terça-feira e será interrogado pelos promotores, informou a promotoria de Nanterre à CNN.

    Em uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira, o procurador de Nanterre disse que o policial agiu ilegalmente e “não foram cumpridas as condições legais para o uso da arma”.

    Colunas de fumaça subiram ao céu de Paris após uma noite de protestos violentos.
    Colunas de fumaça subiram ao céu de Paris após uma noite de protestos violentos. / Samuel Boivin/NurPhoto via Getty Images

    “Explosão de violência”

    Nesta quinta-feira, o presidente francês Emmanuel Macron presidiu uma reunião interministerial de gerenciamento de crise sobre o incidente e os protestos subsequentes, segundo o Ministério do Interior.

    “Vimos cenas de violência contra as delegacias, mas também escolas, prefeituras, portanto contra instituições e contra a República”, disse Macron a repórteres antes da reunião. “Essas ações são completamente injustificáveis”, acrescentou.

    Macron também disse anteriormente que o tiro fatal disparado pelo policial era “injustificável”.

    O porta-voz do governo francês, Olivier Véran, condenou a violência contra as instituições na quinta-feira, dizendo à afiliada da CNN BFMTV que os manifestantes “não estavam fazendo justiça a Naël”.

    “Esta manhã, algumas crianças não poderão ir à escola porque uma escola foi incendiada e algumas famílias não poderão ir à prefeitura para obter ajuda ou documentos”, disse Véran. “Não foi a República que matou esse jovem.”

    Presidente da França, Emmanuel Macron, em Paris / 24/03/2023 Yoan Valat/Pool via REUTERS

    Alguns ataques a prédios do governo durante a noite foram realizados “de maneira organizada, quase coordenada”, afirmou Véran.

    “Há uma necessidade de uma saída coletiva, e eu preferiria que essa saída tomasse a forma de uma solene marcha de homenagem, em vez de uma explosão de violência dirigida por pessoas cujos motivos às vezes são diferentes de fazer justiça a um jovem cara”, disse Véran.

    O porta-voz confirmou que uma marcha foi convocada para a tarde de quinta-feira pela mãe de Naël.

    A investigação

    Os promotores disseram na quarta-feira que o adolescente estava no carro, um Mercedes AMG, com outras duas pessoas no momento do incidente.

    A morte do jovem de 17 anos foi declarada na manhã de terça-feira “na sequência de pelo menos um ferimento à bala” e apesar da intervenção dos médicos de emergência, informou anteriormente a promotoria de Nanterre.

    Um passageiro do veículo foi detido e posteriormente liberado, enquanto outro passageiro, que se acredita ter fugido do local, está desaparecido, disse o comunicado.

    Uma autópsia e exames adicionais, incluindo um laudo toxicológico, foram ordenados pelo Ministério Público.

    O incidente também está sendo investigado pela polícia nacional, disse o ministro do Interior, Darmanin, anteriormente no Twitter.

    Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

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