França estuda resgate para baleia beluga que apareceu no rio Sena
Especialistas ambientais querem acompanhá-la em direção a um oceano, já que as águas frias do Ártico são mais adequadas para o animal
Serviços de resgate e especialistas ambientais tentam avaliar a saúde de uma baleia beluga que vagou até o rio Sena, na França, e estão considerando opções de resgate, já que as águas frias do Ártico são mais adequadas para o animal.
Desde que a beluga foi vista na quarta-feira (3), os serviços de resgate monitoram o animal com drones, mas a baleia mal se moveu nesta quinta-feira (4).
Segundo Isabelle Dorliat-Pouzet, oficial do departamento de Eure, ela ficou flutuando entre as duas eclusas no rio.
Imagens de drone mostram a baleia nadando lentamente, com sua silhueta branca logo abaixo da linha d’água e, em seguida, subindo para respirar.
Não ficou claro por que a baleia se afastou tanto de seu habitat natural, dezenas de quilômetros em uma via fluvial movimentada e quase a meio caminho de Paris, passando pelo porto de Rouen.
“O desafio agora será ajudar a alimentá-la e tentar acompanhá-la em direção a um oceano”, explicou Lamya Essemlali, chefe do grupo ambientalista Sea Shepherd France.
Ela disse que tirar a beluga da água estava fora de questão, pois seria arriscado para o animal.
As belugas brancas normalmente vivem nos oceanos ártico e subártico, embora às vezes se desviem para águas mais ao sul ou para estuários de rios e possam sobreviver temporariamente em água doce.
O corpo de bombeiros local, responsável pelo monitoramento da baleia, disse que sua primeira prioridade é avaliar a sua saúde antes de considerar se deve intervir ou não.
No final de maio, uma orca gravemente doente que se separou da sua comunidade e nadou dezenas de quilômetros rio acima do Sena morreu de causas naturais depois que as tentativas de guiá-la de volta ao mar falharam.
Um mês depois, outra baleia, que se acredita ser uma baleia Minke de 10 metros de comprimento, foi avistada no Sena.
Em setembro de 2018, uma baleia beluga foi vista no rio Tâmisa, perto de Gravesend, na Inglaterra, por alguns dias, no que era então o avistamento de uma beluga mais ao sul nas costas britânicas.